'Passada a eleição, é importante que a sociedade volte a estar unida', diz Toffoli
Em coletiva para anunciar o resultado matemático das eleições, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli, disse esperar que "a nação saia fortificada" das eleições.
Segundo ele, a disputa foi as mais acirrada desde 1989, por isso, é importante que após a divisão eleitoral a "sociedade volte a estar unida".
"Todo o judiciário espera que a nação saia fortificada. O desejo da Justiça é a pacificação eleitoral, a disputa acabou (...); passada a eleição, é importante que a sociedade volte a estar unida para pensarmos no desenvolvimento dessa nação, que é a quarta maior democracia do mundo", disse.
Questionado sobre o fato de 30 milhões de brasileiros não terem comparecido às urnas, o presidente disse que o trabalho da Justiça Eleitoral foi feito no sentido de garantir as condições para que todos os eleitores pudessem votar. Ponderações sobre abstenções, disse, deveriam ser feitas por cientistas políticos e analistas.
O ministro também foi questionado sobre a mudança na jurisprudência da corte, que no segundo turno decidiu que ataques na propaganda de rádio e televisão não seriam mais aceitos.
Para ele, a decisão do TSE elevou a qualidade da propaganda e, uma vez que um acordo entre PT e PSDB levou à derrubada de diversas representações, o segundo turno teve poucos cortes de programas e direitos de resposta.
Quem também esteve presente no TSE no momento do anúncio da eleição foi o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. Ele destacou que, apesar do acirramento, os eleitores compareceram de forma pacífica às urnas, mostrando que a democracia brasileira está consolidada.
BALANÇO
Balanço final divulgado pelo TSE mostra que 3.238 urnas eletrônicas apresentaram defeito e precisaram ser substituídas. O número representa 0,75% do total.
O Estado que mais substituiu urnas em números absolutos foi o Rio de Janeiro, com 417. Em segundo lugar ficou São Paulo, com 366. Proporcionalmente, a maior troca aconteceu em Sergipe, onde 1,80% das urnas foram substituídas.
Também foram registradas 1.052 ocorrências de delitos eleitorais que levaram 451 eleitores à prisão. O crime que mais resultou em detenções foi a boca de urna, com 268 registros.
O Estado com o maior número de presos foi o Rio de Janeiro, com 174 pessoas detidas. Em segundo lugar ficou Minas Gerais, com 40.
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