Rollemberg toma posse no DF e diz que enfrentará crise 'sem precedentes'
Rodrigo Rollemberg (PSB) tomou posse como governador do Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (1º), em cerimônia que começou com uma hora de atraso.
No auditório da Câmara Legislativa do DF, cheio de familiares, deputados distritais, políticos e demais apoiadores, o governador destacou em seu discurso inaugural a crise financeira "sem precedentes" em que se encontra a capital, o que vai demandar uma postura "firme" do governo e da sociedade.
"A situação econômica é grave, gravíssima. É séria. Vivemos o maior desequilíbrio orçamentário e financeiro, e isso exigirá de todos nós –governo, poderes constituídos e sociedade civil– postura firme, solidária, propositiva e eficiente para equilibrar as contas públicas. Sem equilíbrio das contas, não haverá desenvolvimento sustentável", disse.
Na cerimônia de troca da faixa, no Palácio do Buriti, sede do governo local, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) foi vaiado por cerca de 30 manifestantes e não fez discurso.
Depois das cerimônias, Rollemberg afirmou a jornalistas que espera contar com um adiantamento de R$ 412 milhões de repasses federais para pagar salários atrasados de funcionários públicos.
Rollemberg voltou a defender mais transparência com os números e finanças, menos desperdício e combater a corrupção, promessas de sua campanha.
Em seus discursos, citou seu padrinho e correligionário Miguel Arraes e seu neto, Eduardo Campos.
O governador venceu em segundo turno, do adversário Jofran Frejat (PR). O ex-governador Agnelo Queiroz, que tentou a reeleição, ficou em terceiro lugar no primeiro turno. Em 2002, Rollemberg concorreu pela primeira vez ao cargo, derrotado por Joaquim Roriz.
CRISE
O Distrito Federal passa por grave crise financeira. O pessebista e sua equipe estimam assumir o comando com um rombo nas contas públicas de R$ 3,8 bilhões.
Entre os setores mais prejudicados, estão educação e saúde, que, mesmo recebendo repasses federais bilionários, terminaram o ano com salários de funcionários atrasados. "É um quadro lamentável, é visível a olho nu. Brasília, a cidade monumento, não pode continuar sento identificada pela corrupção, desmandos, ineficiência da gestão pública", disse.
Um dos primeiros baques de sua gestão foi justamente na área da saúde. O secretário nomeado por Rollemberg, Ivan Castelli, desistiu de assumir o posto antes mesmo do início do mandato.
Em seu plano de transição, o governador traçou alguns cortes de gastos, como a redução de secretarias em seu governo.
No seu discurso, falou ainda que seu objetivo é reduzir as "imensas desigualdades entre a região central e as cidades que circundam do DF".
Rollemberg é graduado em história pela Universidade de Brasília (UnB). Ao assumir o governo do DF, deixa para seu suplente metade de seu mandato de senador.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade