'Estamos orando, vamos vigiar', diz Cunha sobre votos na Câmara
Na reta final da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ) pediu ajuda neste sábado (31) a apoiadores para conseguir votos indecisos e de última hora.
"Estamos orando, mas vamos vigiar até o último momento", disse, referindo-se a trecho da Bíblia "Orai e vigiar", à Frente Parlamentar da Agricultura.
O peemedebista, que disputa contra Arlindo Chinaglia (PT-SP) o comando da Câmara, é evangélico.
Desde o início da manhã, Cunha faz um périplo em Brasília buscando votos. Ele conversou com deputados eleitos para o primeiro mandato e recebeu parlamentares na liderança do PMDB.
Aos simpatizantes de sua candidatura, ele repetiu bordão de sua campanha, de que não será oposição ao governo, mas também não será submisso.
"Quem achar que vou exercer presidência de oposição vai ter que reclamar no Procon."
Cunha, apesar de ser do PMDB, é visto como oposicionista pelo Palácio do Planalto.
Aliado de Cunha, o ex-ministro Geddel Vieira Lima disse que o peemdebista não fará "presidência de guerra".
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ELEIÇÃO NA CÂMARA
Quem está no páreo
- Eduardo Cunha (PMDB): Líder da bancada do maior aliado do Planalto, tem o apoio de PMDB, PTB, SD, DEM, PRB e PSC (161 deputados)
- Arlindo Chinaglia (PT): Vice-presidente da Câmara, é apoiado por PT, PSD, PROS e PCdoB (126 deputados). É o candidato do Planalto
- Júlio Delgado (PSB): Relator dos processos de cassação de José Dirceu e André Vargas (ex-PT), conta com os votos de PSB, PSDB, PPS e PV (106 deputados)
- Chico Alencar (PSOL): Integrante de um partido de esquerda, tem o apoio de seus colegas de bancada (5 deputados)
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