Extradição foi avalizada sem 'fato novo', diz advogado de Pizzolato
O advogado que defende Henrique Pizzolato na Itália, Alessandro Sivelli, disse por meio de nota à imprensa que recebeu com "estupor" a concessão da extradição de seu cliente pela Corte de Cassação de Roma sem que fossem apresentados "fatos novos".
Apesar de não caberem mais recursos na esfera jurídica, a decisão final sobre a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil cabe ao Ministério da Justiça do país, que tomará uma decisão política em um prazo de 20 dias, prorrogáveis por mais 25 dias.
Ainda segundo o advogado, Pizzolato está disposto a enfrentar uma ação penal na Itália pelos mesmos crimes que foi condenado no Brasil no mensalão: peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O defensor de Pizzolato também disse que vai recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos e à Corte Europeia de Direitos Humanos e pedir ao Ministério da Justiça italiano que não envie Pizzolato ao Brasil.
As instâncias internacionais citadas por Sivelli não têm o poder de suspender a decisão da Corte de Cassação da Itália, instância judiciária mais elevada do país.
"Não é meu costume comentar uma decisão da autoridade judiciária, mas posso manifestar o meu estupor por essa decisão que reformou a sentença da Corte de Apelação de Bolonha [que negara a extradição em outubro] sem que fossem apresentados fatos novos", disse Sivelli, na nota.
Ele voltou a criticar as condições dos presídios brasileiros por oferecerem "tratamento degradante e desumano".
"As prisões brasileiras estão nas mãos de organizações criminosas que não hesitam em matar detentos que não cedem à extorsão", disse o advogado.
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