Ministro aceita pedido de investigação sobre senador Fernando Bezerra
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki aceitou nesta sexta-feira (13) um pedido feito pelo Ministério Público para apurar se o senador Fernando Bezerra (PSB-PE) está envolvido com os crimes investigados pela Operação Lava Jato.
O pedido de investigação sobre o senador foi enviado separadamente da primeira leva de nomes que compuseram a chamada "lista de Janot", entregue ao STF na semana passada.
Nesta quinta (12), quando o pedido de investigação foi enviado, o Ministério Público disse que o caso só não foi junto com os demais da Lava Jato pois ainda restava uma diligência a ser feita. Por isso, os procuradores entenderam que seria melhor segurar um único inquérito e liberar a maior parte do material.
O envolvimento de Bezerra no caso se deu devido a depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele disse Bezerra teria procurado integrantes do esquema para viabilizar recursos para a campanha de reeleição do falecido governador de Pernambuco Eduardo Campos.
Costa disse que posteriormente soube, através de Youssef, que R$ 20 milhões teriam sido entregues à campanha.
Também na quinta, por meio de nota, o senador Fernando Bezerra Coelho diz que "recebeu com perplexidade sua inclusão entre os agentes políticos investigados na Operação Lava Jato".
Praticamente uma semana após o pedido de abertura de investigação ao STF, o nome de Fernando é tardiamente relacionado na lista, quando o Ministério Público Federal já havia concluído esta etapa", diz o texto.
Ainda segundo a nota, Bezerra diz que em 2010 não ocupou nenhuma coordenação na campanha à reeleição do ex-governador Eduardo Campos, que não conhece e nem teve contato com Alberto Youssef.
"Os contatos com o então diretor da Petrobras, Sr. Paulo Roberto Costa, foram estritamente institucionais, próprios do cargo que ocupava no Estado de Pernambuco. A generalidade da referência ao nome do Senador Fernando Bezerra Coelho não converge para uma circunstância mínima capaz de justificar a abertura de investigação".
A nota termina afirmando que o senador "está confiante, como sempre esteve, que ao final das investigações irá provar sua inocência".
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