Sede do PT em Jundiaí (SP) é atacada com material explosivo
A sede do Partido dos Trabalhadores (PT) em Jundiaí (a 57 km de São Paulo) foi atacada com um material explosivo no início da tarde deste domingo (15), segundo a Polícia Militar. Para a corporação, tudo indica que se tratava de um coquetel molotov.
O ataque ocorreu no dia em que quase 1 milhão de pessoas foram às ruas em mais de 150 cidades protestar contra a corrupção e o governo Dilma.
Um membro do partido foi informado sobre um incêndio mas, quando chegou ao local, por volta das 13h30, o fogo já tinha cessado.
Segundo a polícia, a janela da frente da casa foi quebrada para que o explosivo fosse depositado dentro da sede. Não havia ninguém no local –apenas um cômodo ficou danificado.
A Polícia Militar informou que as investigações continuarão na segunda-feira (16) e que imagens de câmeras de segurança de lojas do entorno serão utilizadas para identificar os vândalos.
"O delegado assistente da Seccional de Jundiaí, Marco Antonio Ferreira, que registrou a ocorrência, informa que um inquérito policial foi instaurado para apurar dano qualificado e incêndio", informou a Secretaria de Segurança Pública nesta segunda.
Em nota oficial, o presidente municipal do partido, Arthur Augusto, falou sobre "incitação ao ódio" e disse que espera que essa não seja uma "ação orquestrada por adversários políticos".
"Vamos aguardar a PM e a perícia investigarem o que houve e punirem os culpados pelo ataque."
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, lamentou o episódio em sua conta oficial no Twitter.
Também em nota –divulgada nesta segunda–, o presidente estadual PT-SP, Emidio de Souza, afirmou que "o caráter democrático das manifestações de ontem contrastam com a selvageria demonstrada por nossos adversários neste episódio".
Segundo ele, o incêndio é também é consequência direta "do ambiente de disseminação do ódio e da radicalização política promovida nos últimos meses". "Para além dos prejuízos materiais, quem se vê golpeado no caso, é o direito de organização e a própria democracia", afirmou.
A Executiva Estadual do PT exigiu apuração completa e punição exemplar dos culpado, "até para se evitar que este tipo de ação se torne frequente e contamine o ambiente político".
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