Justiça acata ação que pede R$ 539 milhões de empreiteira
A construtora Engevix, seu vice-presidente Gerson Almada e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa se tornaram réus nesta quinta (28) em ação de improbidade na qual o Ministério Público pede a devolução de R$ 539 milhões.
É a primeira ação civil de improbidade no âmbito da Lava Jato aberta pela Justiça.
Esse tipo de ação tem o objetivo de reparar os danos causados pelas práticas de cartel e de pagamento de suborno em negócios da estatal.
Segundo a acusação dos procuradores, a Engevix pagou cerca de R$ 38,5 milhões de propina para obter negócios que somam R$ 3,85 bilhões. A estimativa do suborno foi feita a partir de informação de delatores de que as contribuições ilícitas equivaliam a 1% do valor do contrato.
A reparação mínima pedida pelos procuradores corresponde a dez vezes o valor do suborno –R$ 385 milhões.
A Engevix diz em sua defesa na Justiça que a empresa sofreu extorsão de diretores da Petrobras e que os procuradores não apresentaram provas de que houve sobrepreço nos contratos fechados com a estatal.
Executivos da empresa são réus em ação criminal sobre o mesmo esquema de corrupção na Justiça Federal no Paraná.
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