Tiro, porrada e bomba não reerguem nações, diz Renan citando funkeira
Pedro Ladeira - 12.ago.2015/Folhapress | ||
O presidente da Câmaras, Renan Calheiros (à dir.), com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy |
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta terça-feira (1) que o governo realize mais cortes de gastos na busca pela recuperação da economia e evite intrigas políticas para buscar a união entre a sociedade e o governo.
Para explicitar sua fala, Renan citou o trecho de uma famosa música da funkeira Valesca Popozuda e disse que a chamada Agenda Brasil tem como principal função fazer com que o país não perca seu grau de investimento.
"Tiro, porrada e bomba, para utilizar uma expressão tão contemporânea da música brasileira, não reerguem nações e espalham ruínas que, lamentavelmente, só ampliam os escombros. Nós não seremos sabotadores da nação e nem agentes de mais instabilidade", disse.
Ele participou da instalação de uma comissão especial que irá analisar os projetos da chamada "Agenda Brasil", um conjunto de propostas levadas ao Executivo como contribuição para o enfrentamento da crise econômica. Durante seu discurso, recheado de frases feitas, Renan defendeu uma participação suprapartidária e disse que "os ciclos de maior gravidade não permitem a omissão notadamente dos homens públicos".
Ele defendeu ainda que a agenda não seja apenas "uma carta de intenções". "A crise não é apocalíptica. Mas exige de todos nós engajamento total. [...] A economia precisa andar, desamarrar seus pés. Quando ela anda, cresce o emprego, cresce o consumo, cresce o investimento", disse.
O peemedebista também aproveitou o momento para negar que tenha se aproximado do governo ao propor a pauta da Agenda Brasil e disse que a iniciativa busca contribuir com soluções para que o país volte a crescer.
"Não sou governista e nem oposicionista. Sou presidente de uma instituição. Não é tentativa de aproximação com ninguém. O governo tem prazo de validade mas o país não tem prazo de validade. Os novos tempos não acolhem disputas extemporâneas, disputas de visões", disse.
A Comissão da Agenda Brasil será presidida por Otto Alencar (PSD-BA). Romero Jucá (PMDB-RR) será vice-presidente. A relatoria caberá a Blairo Maggi (PR-MT). Renan defendeu que o colegiado tenha mais vice-presidentes e sub-relatores para promover uma maior participação dos senadores e seus partidos.
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