Daniel Dantas volta a exibir sua versão de eventos que o fizeram ser preso
O banqueiro Daniel Dantas, em entrevista no Festival Piauí Globonews de Jornalismo, voltou a apresentar sua versão dos episódios que culminaram em suas duas prisões, em 2008, durante a Operação Satiagraha. Desta vez, ele apontou paralelos entre o que se passou então e o escândalo Lava Jato.
Disse que os problemas começaram com "uma espécie de operação Pasadena das telecomunicações", referência à compra de uma refinaria pela Petrobras nos EUA. No caso, o negócio semelhante teria sido a disputa pela tele CRT em 2001, entre a Telecom Italia e a sua própria empresa então, Brasil Telecom.
Questionou a cobertura feita na época pela imprensa, inclusive a Folha. "Naquele momento, 2004, havia do ponto de vista do governo uma presunção de inocência, que talvez, se tivesse acontecido hoje, teria sido diferente", disse, citando "o que está sendo dito [hoje] a respeito de uma organização grande, do ponto de vista de arrecadação de recursos para o projeto político".
Posteriormente, em 2008, com a denúncia pela revista "Veja" de um suposto grampo no Supremo, "você já notava a imprensa questionando, a própria Globo já percebeu as irregularidades, editoriais falando em estado policial". No final de suas declarações, o banqueiro defendeu a liberdade de imprensa.
Não foi abordado na entrevista o livro "Operação Banqueiro", dedicado ao assunto e lançado pelo jornalista Rubens Valente em 2014 (Geração Editorial). A entrevista foi feita por Consuelo Dieguez, repórter da revista "piauí".
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