Maioria no Congresso apoia união entre pessoas do mesmo sexo
A maioria dos congressistas aprova o reconhecimento em lei da união de pessoas do mesmo sexo, de acordo com levantamento do Datafolha.
Entre os deputados e senadores ouvidos pelo instituto, 53% disseram que a lei deve reconhecer formações familiares com a união de dois homens ou de duas mulheres. Discordaram 37%, que entendem que uma família só pode ser formada a partir da união de um homem e de uma mulher, e outros 10% não se posicionaram.
Entre a população brasileira, a maioria rejeita famílias formadas pela união de pessoas do mesmo sexo, diz o instituto.
Em pesquisa feita em agosto, 60% dos entrevistados afirmaram que, por lei, "uma família deve ser formada somente a partir da união de um homem e uma mulher". Outros 36% afirmaram que apoiam o reconhecimento daquelas formadas pela união de dois homens ou de duas mulheres.
O Datafolha entrevistou 289 deputados federais e 51 senadores até a última sexta-feira (9). A margem de erro máxima é de de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
No fim de setembro, uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o "Estatuto da Família", que define a entidade familiar como a união entre homem e mulher. A proposta, que tem o aval do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ainda está em tramitação e provocou indignação entre grupos de defesa dos direitos humanos.
De acordo com o Datafolha, o apoio ao reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo é proporcionalmente maior entre congressistas da oposição. Entre os governistas, 50% dos deputados e 56% dos senadores disseram aprová-lo. Entre os oposicionistas, foram 53% dos deputados e 83% dos senadores.
Levando em consideração apenas deputados do PT, o apoio chega a 90%. No PSDB, o índice foi de 43%.
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