Marqueteiro João Santana e mulher passam por exames no IML
O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, passaram por exames na tarde desta terça-feira (23) no Instituto Médico Legal de Curitiba depois de terem sua prisão decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, intitulada "Acarajé". A ida ao IML é um trâmite corriqueiro aos recém-chegados.
O casal foi o primeiro a descer de uma van da Polícia Federal, que era escoltada por outro veículo e homens armados. Os dois estavam com as mãos para trás, e Mônica usava óculos escuros. Eles não quiseram falar com a imprensa.
Também passaram por exame no IML na mesma tarde, conduzidos pela PF, Benedito Barbosa da Silva Junior, diretor-presidente da construtora Odebrecht, Vinícius Veiga Borin, sócio de uma consultoria que administra carteira de investimentos, e o empresário Zwi Skornicki, lobista de um estaleiro com contratos com a Petrobras.
Marcelo Odebrecht, presidente afastado da construtora e um dos poucos empresários que ainda permanece preso na Lava Jato, foi transferido na segunda-feira (22) do CMP (Complexo Médico Penal), na Grande Curitiba, para a carceragem da PF na capital paranaense, em decorrência das investigações desta 23ª fase da operação.
Nesta segunda, por volta das 19h, chegaram a Curitiba Borin, Skornick e Silva Junior. Os últimos a desembarcarem no Paraná nesta fase da Lava Jato foram o marqueteiro e a mulher, que voltaram do exterior nesta terça.
Quanto a Silva Junior, a prisão temporária foi decretada porque a PF acredita que há indícios de que ele tinha conhecimento dos esquemas de corrupção na estatal. Expressões e siglas utilizadas pelo executivo em planilhas apreendidas eram semelhantes às empregadas por Marcelo Odebrecht, que, segundo a polícia, indicam o pagamento de propinas.
Mônica vai permanecer em cela separada do marido. A Polícia Federal informou que não comentaria a distribuição nas celas dos investigados. Segundo a assessoria da PF, há mais duas mulheres presas na carceragem da PF: Nelma Kodama, doleira e operadora do esquema de desvio de recursos, e Iara Galdino da Silva, braço direito de Nelma.
Além de Marcelo Odebrecht e João Santana, também estão presos no local o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
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