Câmara aprova redução do salário de Dilma, e oposição fala em 'demagogia'
Sob intenso ataque da oposição a Dilma Rousseff, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (24) o projeto do governo que reduz em 10% o salário da presidente da República, do vice e dos ministros de Estado.
A medida foi chamada de "palhaçada", "demagogia", "engodo" e "falta de vergonha" por deputados do PSDB, PPS e DEM, entre outras qualificações. "Dilma, o Brasil não quer você nem de graça", resumiu o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG).
O texto, que ainda tem que ser votado pelo Senado, reduz o salário da petista e de seus auxiliares de R$ R$ 30.934 para R$ 27.841. Segundo o governo, a economia anual é de R$ 1,69 milhão ao ano.
Em linhas gerais, a oposição afirmou que a medida de Dilma tem o objetivo de jogar para a plateia e vai na contramão do caráter perdulário de sua gestão.
"Tenha paciência com o povo brasileiro, é evidente que o PSDB não vai votar contra, mas é preciso escancarar essa falta de vergonha, essa palhaçada", disse o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE). "Um governo que não tem um mínimo de austeridade, um governo gastador, evidentemente que isso beira ao ridículo", reforçou Roberto Freire (PPS-SP).
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), foi um dos poucos a sair em defesa da petista.
"Quem achar que o governo está fazendo demagogia que vote contra. Todos estão votando sim porque acham que o projeto é importante. Olhe para os Estados de vossas excelências, vejo jatinho pra cá, jatinho pra lá. Por que não votam contra?", rebateu.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade