Ministro descarta rompimento com o governo em convenção no PMDB
Renato Costa/Folhapress | ||
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante evento em Brasília |
O ministro da Saúde e deputado federal licenciado pelo PMDB, Marcelo Castro, descartou a possibilidade de rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff durante o congresso nacional da sigla neste sábado (12).
Ele também minimizou as divisões internas dentro do PMDB. "Tem algumas sessões do partido que se pode plenamente identificar e que são contra o apoio ao governo da presidente Dilma. E tem outras que são a favor do governo, na qual eu me incluo. Admitimos essa convivência. Respeitamos a posição dos que são contrários e os que são contrários respeitam nossa posição", disse nesta sexta-feira (11), após evento na Fiocruz, em Brasília, sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti.
Parte dos integrantes da sigla, no entanto, irritados com a manutenção da aliança com o governo, pressionam a cúpula peemedebista por uma manifestação mais clara na convenção deste sábado de afastamento em relação à presidente. Há a expectativa de que o partido libere seus filiados a votarem por uma posição de independência.
Questionado, Castro descartou a possibilidade e disse que não deve deixar o Ministério da Saúde.
"Não terá rompimento. A convenção é para eleger o diretório nacional e a executiva do PMDB. É claro que não se pode impedir alguém que está inscrito de discursar e defender a permanência do governo ou o rompimento. As pessoas vão se manifestar. Mas não haverá deliberação sobre isso porque a convenção não foi convocada para isso", afirmou.
'EXAGERO'
Castro classificou ainda o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula como um "despropósito" e "exagero". "Não precisa disso. O próprio PSDB que quer ver o Lula pelas costas está dizendo isso. Qual a razão? Ele não está se recusando a depor e está disposto a colaborar. Entendo que só estão fazendo isso porque a pessoa é o Lula", disse.
Castro evitou comentar sobre a possibilidade do ex-presidente assumir algum ministério. Disse apenas que "Lula ajudaria qualquer governo na atual circunstância."
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