Grupo pró-impeachment oferece R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes
Alan Marques/Folhapress | ||
Ciro Gomes durante evento ato de filiação ao PDT na sede do partido com liderança partidárias. |
O Movimento Endireita Brasil, crítico ao governo Dilma Rousseff e ao PT, publicou na noite de sexta-feira (1º) em sua página em uma rede social uma oferta de R$ 1.000 a quem hostilizasse o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) no restaurante em que jantava em São Paulo.
No texto, o grupo descreveu o restaurante onde Ciro estava, concluindo: "Se alguém estiver por perto, hostilize o cara. Mas ele é esquentadinho. Filmem".
Em resposta, Ciro divulgou um vídeo gravado por seu filho ainda quando estavam no restaurante.
No filmete, um amigo cutuca Ciro, simulando uma hostilização. O ex-ministro sugere, então, que o movimento pague os R$ 1.000 ao rapaz que o cutuca. E finaliza: "Seu babaca".
Ciro Gomes responde a pedido de grupo anti-PT
Como a página do movimento afirmava que Ciro consumia um vinho Barolo de "centenas de reais" durante o jantar, o político fez questão de responder ainda à mesa. "Barolo é o cacete!".
Ele soube do desafio publicado na rede social ainda durante o jantar. Conta que estava com três amigos, incluindo seu filho, e ali nasceu a ideia de gravar o que chama de "deboche".
"Gostaria de esclarecer que eu estava tomando um gim tônica e os outros três dividiram um vinho de R$ 140", disse Ciro.
O político, que foi ministro no governo Lula, tem criticado o processo de impeachment de Dilma.
A postagem provocou repercussão nas redes sociais, incluindo a página do movimento.
Reprodução/Facebook | ||
Pelo Facebook, grupo pró-impeachment de Dilma ofereceu R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes |
"Não estamos fazendo nada ilegal. Se quiser hostilizar o Lula, nos limites da lei, pago também", respondeu o autor da proposta antes de o post ser retirado do ar.
Presidente do Movimento Endireita Brasil, Ricardo Salles, que já foi secretário particular do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), atribuiu a autoria a um dos associados com autorização para publicação nas redes sociais em nome do grupo. Segundo ele, essa foi uma manifestação individual e "fora da média" do movimento.
Salles conta ter telefonado para o associado que assumiu ter lançado o desafio "num rompante, num gesto de indignação".
"Os ânimos estão exacerbados", justificou Salles, afirmando que não houve consequências práticas.
Ele disse ainda que será reduzido o número de associados com direito a falar pelo movimento. Hoje, são cerca de 15.
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