Defesa de Odebrecht pede Dilma e três ex-ministros como testemunhas
Paulo Lisboa - 1º.set.2015/Efe | ||
O empresário Marcelo Odebrecht durante depoimento na CPI da Petrobras |
A defesa do empresário Marcelo Odebrecht, preso há 11 meses em Curitiba (PR), arrolou Dilma Rousseff (PT), presidente afastada temporariamente até a conclusão do processo de impeachment, como sua testemunha na ação em que é acusado de liderar um departamento da empreiteira dedicado ao pagamento de propinas revelado na 26ª fase da Operação, batizada de Xepa.
Ao todo, o advogado Nabor Bulhões, que conduz a defesa do empreiteiro, apresentou um rol de 15 testemunhas incluindo outros petistas, como o ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma Guido Mantega e o ex-ministro da Secretaria de Comunicação do Governo Edinho Silva.
Essa foi a primeira manifestação da defesa após a condenação de Marcelo Odebrecht a 19 anos e quatro meses em regime fechado em outra ação penal da Lava Jato.
Na peça, a defesa pede que o empreiteiro seja absolvido da ação e afirma que, caso a instrução criminal prossiga, é " imprescindível a oitiva de todas elas (testemunhas)".
Além de Marcelo Odebrecht, outros 11 réus são acusados de organização criminosa entre 2006 e 2015, lavagem de dinheiro e corrupção, entre eles o ex-marqueteiro do PT João Santana e sua mulher e sócia Mônica Moura, que também estão presos.
Há cerca de dois meses, o empreiteiro passou a negociar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Ao menos três reuniões já foram feitas entre procuradores e representantes da Odebrecht.
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