'Não indiquei um alfinete' para o governo Temer, diz Eduardo Cunha
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O deputado afastado Eduardo Cunha depõe no Conselho de Ética da Câmara |
Um dia depois da confirmação do aliado André Moura (PSC-SE) como líder do governo na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou na tarde desta quinta-feira (19) não ter indicado "um alfinete" para a gestão do correligionário Michel Temer (PMDB).
Contrariando afirmação de aliados de que continua ativo nos bastidores políticos, incluindo cobranças a Temer para contemplar aliados, Cunha demonstrou indignação em relação a isso em seu depoimento no Conselho de Ética. Entretanto, afirmou que se tivesse indicado alguém não estaria cometendo nenhum delito.
"Não tem um alfinete indicado nesse governo por Eduardo Cunha", afirmou o peemedebista, em resposta a Alessandro Molon (Rede-RJ), que listou aliados seus em postos de destaque na gestão de Temer.
"E se tivesse indicado, não teria nenhum delito nisso, não estou suspenso pelo STF de falar com as pessoas ou de exercer minha militância partidária", afirmou o presidente da Câmara afastado.
Além de Moura, Cunha atuou para indicar pessoas de suas relações em pastas do governo Temer. Ao Conselho de Ética, ele disse que essas pessoas também têm relação com Temer, algumas mais antigas com o presidente interino do que com ele.
Em seu depoimento, Cunha disse também que se sente "injustiçado" pelo seu afastamento e que a decisão do Supremo Tribunal Federal possui "algum tipo de objetivo" oculto.
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