Pauta do Brasil não pode ser só a Lava Jato, diz Rodrigo Maia
Marco Ambrosio/Folhapress | ||
João Doria e Rodrigo Maia em evento em São Paulo nesta segunda-feira (24) |
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (24) que a Operação Lava-Jato não pode ser a agenda do Brasil.
"Acredito que chegou o momento que a agenda do Brasil precisa ser a agenda da recuperação econômica, recuperação política, ter uma agenda que prioriza essas reformas", disse, durante debate no Lide (Grupo de Líderes Empresariais), a convite do prefeito eleito João Doria (PSDB).
"A pauta da Casa e a pauta do Brasil não pode ser a Lava Jato".
Às vésperas da votação da PEC que estabelece teto de gastos públicos por 20 anos, Maia disse ainda que a agenda do país não pode ficar restrita à "prisão da semana" e que a operação é assunto da Justiça e do Ministério Público. "Se em algum momento for dar algum problema não posso avaliar o futuro".
Maia falou sobre declaração, noticiada na coluna de Lauro Jardim, no jornal "O Globo", de que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha teria feito negócios com 15 empresas e 50 deputados, minimizando eventual delação premiada. "Eu disse que ele pode ter feito, como as pessoas estão dizendo, com 50 deputados e 15 empresas. E que isso aí cada um vai ter que responder pelos seus atos no futuro, foi apenas isso. Não tenho número nenhum. Falei em tese: pode ter feito com isso, pode ter feito com aquilo", disse.
Sobre informações de bastidores noticiadas pela imprensa, Maia afirmou também que quanto menos o Palácio falar melhor para o país.
"Tem muito assessor que fica pautando a imprensa, não estou dizendo que são os ministros, tem muito assessor que fica pautando a imprensa e a imprensa não faz uma análise e fica soltando matéria que em determinados momentos pode afetar a relação entre os poderes [Legislativo e Executivo]".
O presidente da Câmara fez fortes ataques às centrais sindicais, que são contra o teto de gastos.
"Temos de ter de enfrentar essa irresponsabilidade, hipocrisia e faz de conta que algumas centrais sindicais fazem, que na verdade é com dinheiro público, dinheiro de todos nós."
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