Ex-executivo da JBS diz ter pago propina a Temer, Cunha e Marta
Jorge Araújo/26.set.2015 - Folhapress | ||
Marta Suplicy junto a Eduardo Cunha e Michel Temer, durante evento de sua filiação ao PMDB, em 2015 |
Em seu depoimento à Procuradoria-Geral da República, Florisvaldo Caetano de Oliveira, ex-conselheiro fiscal da JBS, diz ter feito pagamentos a pessoas como Altair Alves Pinto, emissário do ex-deputado Eduardo Cunha, e Márcio Toledo, marido da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). Segundo ele, um representante de Michel Temer, que respondia por "coronel", também recebeu quantias.
Não soube dizer quantos pagamentos fez nem ser preciso nas datas. "Foram diversos." Questionado sobre qual era a ordem de grandeza, Caetano de Oliveira falou que eram "pagamentozinhos" de R$ 1 milhão ou R$ 2 milhões, sempre em espécie, e que não havia uma frequência determinada. A propina era paga sempre que recebia uma ordem dos empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley, além de Ricardo Saud, diretor da JBS. E a senha para executar podia ser o nome de um animal ou o valor em si.
Questionado se entregou algum valor a Altair Pinto depois que Eduardo Cunha já estava preso, Oliveira respondeu que "parece que umas duas vezes". A última entrega, de R$ 970 mil, foi feita em um supermercado, em São Paulo. Um dos pagamentos, segundo ele, foi de R$ 5 milhões, em parcelas.
Na lista de outros nomes citados por ele estão Dante e Roberta, irmãos do doleiro Lúcio Funaro, além de pessoas que ele diz desconhecer, como Antonio Miranda, Davi Mariano, o genro do político Antonio Carlos e Carla, secretária de Pedro Nadaf, que foi secretário do governo do Mato Grosso.
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