Peru pede que ex-sócios da Odebrecht não participem de novas obras no país
Sebastian Castaneda/Reuters | ||
Protesto contra a Odebrecht no Peru |
O primeiro-ministro do Peru, Fernando Zavala, pediu a empreiteiras acusadas de corrupção que não participem dos processos de licitação para reconstruir zonas afetadas por graves inundações no país.
A Graña y Montero, maior construtora do Peru e ex-sócia da Odebrecht, foi denunciada pela procuradoria peruana pelo crime de conluio por haver supostamente participado do pagamento de propina.
"Quero enviar uma mensagem clara às empresas que integraram o consórcio de obras que agora são questionadas... creio que, até que se esclareça o tema das investigações, não deveriam participar do processo de reconstrução", disse Zavala em entrevista nesta quarta (24).
Segundo Zavala, isso lhes "daria a possibilidade de demonstrar, após as investigações, como atuaram. Mais que proibir, é instar estas empresas a não participar", acrescentou o premiê, exibindo uma mudança de posição.
Na semana passada Zavala havia dito que a restrição legal para que uma empresa tenha contratos com o Estado, inclusive aquelas que participaram de consórcios com a Odebrecht, é que exista uma sentença judicial de culpa.
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