PMDB classifica denúncia como ato de irresponsabilidade de Janot
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no lançamento da campanha #todosjuntoscontraacorrupção |
O PMDB classificou a nova denúncia contra o presidente Michel Temer e outros membros do partido como "mais um ato de irresponsabilidade realizado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot".
"Toda a sociedade tem acompanhado os atos nada republicanos das montagens dessas delações. A Justiça e sociedade saberão identificar as reais motivações do procurador", informou o partido em nota.
A defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que "provará no processo o absurdo das acusações postas, as quais se sustentam basicamente nas palavras de um reincidente em delações que, diferentemente dele, se propôs a falar tudo o que o Ministério Público queria ouvir para fechar o acordo de colaboração".
"A denúncia contra o ministro Eliseu Padilha está amparada em delatores que, sem compromisso com a verdade, contaram as histórias que pudessem lhes dar vantagens pessoais ante o Ministério Público. Ao final, com a inexistência de provas, o Poder Judiciário decidirá por sua inocência", afirma a assessoria de comunicação social da Casa Civil.
O advogado de Padilha, Daniel Gerber, diz em nota: "Entendo como equivocada o oferecimento de uma denúncia com base em delações que estão sob suspeita, mas iremos demonstrar nos autos a inexistência da hipótese acusatória".
Também em nota, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou: "Reitero que jamais participei de qualquer grupo para a prática do ilícito. Essa denúncia foi construída com a ajuda de delatores mentirosos que negociam benefícios e privilégios. Responderei de forma conclusiva quando tiver conhecimento do processo".
A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima informou que "rechaça categoricamente as imputações veiculadas na denúncia oferecida, de inegável fragilidade narrativa e probatória, reservando-se a rebatê-las em juízo, quando oportunizado o contraditório."
"Mais uma vez, antes de qualquer manifestação do Poder Judiciário, veicula-se o conteúdo da acusação, em que pese a reserva de sigilo que legalmente recai sobre o seu conteúdo, quiçá na tentativa de emparedar e pressionar os julgadores. Registra, desde já, o evidente excesso nas denúncias formuladas, eis que Geddel Vieira Lima é duplamente acusado pela alegada e jamais comprovada prática de uma única conduta."
A defesa do ex-deputado Rodrigo Loures (PMDB-PR) disse que ele não participou de nenhum acordo de pagamento ou recebimento de propinas atribuído ao PMDB da Câmara.
"Rodrigo era apenas um assessor pessoal do presidente e não tinha nenhuma intervenção em atividades financeiras, ao contrário da recente denúncia contra o PMDB da Câmara. A defesa repudia veemente mais uma denúncia leviana de Rodrigo Janot!!!", diz a nota do advogado Cezar Bitencourt.
O advogado Marcelo Leal, que defende Henrique Eduardo Alves, disse que gostaria de se manifestar, mas que ainda não encontrou tempo hábil para conhecer a denúncia.
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