Avaliação de Alckmin cai na capital, mas cresce no interior e sobe 6 pontos
Marlene Bergamo/Folhapress | ||
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em SP |
A avaliação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), melhorou no interior em relação a dois anos atrás e piorou na capital no último mês, mostra novo levantamento do Datafolha.
De acordo com o instituto, 34% do eleitorado do Estado considera a sua gestão ótima ou boa, 38%, regular e 25%, ruim ou péssima.
No interior, o tucano tem aprovação de 40% dos paulistas, 35% o consideram regular e 22% o reprovam. Na cidade de São Paulo, 24%, 42% e 32%, na mesma ordem.
Em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de 2015, a aprovação de Alckmin subiu seis pontos e a reprovação caiu cinco. Só no interior, a aprovação era de 34% e a reprovação, de 23%.
O Datafolha pesquisou, somente na capital, a imagem de Alckmin no início de outubro deste ano, e a comparação mostra uma deterioração do cenário para o tucano.
Ele tinha 31% de ótimo ou bom, 40% de regular e 28% de ruim ou péssimo.
De lá para cá, a possível candidatura do governador a presidente da República ganhou fôlego com o enfraquecimento do prefeito João Doria (PSDB) no cenário nacional e a articulação para que assuma o controle do PSDB. Ele deve se tornar presidente nacional do partido no próximo fim de semana.
Em seu quarto mandato à frente do Estado, Alckmin deve deixar o governo em abril do ano que vem para disputar o Planalto.
A aprovação do governador hoje é a segunda mais baixa que ele já atingiu na série histórica, melhor apenas que a medida em novembro de 2015, de 28%. A reprovação, naquele momento, era de 30%.
O desempenho de Alckmin melhora entre os mais velhos e menos instruídos.
Sua taxa de ótimo ou bom alcança 42% entre eleitores com mais de 60 anos e 45% entre aqueles que concluíram o ensino fundamental. O índice cai a 23% no grupo de 16 a 24 anos.
A reprovação sobe a 34% quando se isola os eleitores com ensino superior.
Alckmin recebeu como nota média dos entrevistados 5,7. Há dois anos, o índice foi o mais baixo que o tucano já obteve nas pesquisas do instituto desde 2011: 5.
O Datafolha realizou 2.006 entrevistas presenciais em 68 municípios nos dias 28, 29 e 30 de novembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
SAÚDE
Área sensível no Estado desde setembro de 2010, a insatisfação com a saúde disparou. Para 36% da população, é o principal problema do Estado. Em fevereiro de 2015, 21% pensavam assim.
A percepção da violência e falhas na segurança e policiamento também piorou em relação ao último levantamento, de 15% antes para 20% agora.
O terceiro maior problema do Estado é a educação (12%) e o quarto, desemprego (9%).
A questão da saúde é mais grave para as mulheres (41%) a do que para os homens (30%), para os mais velhos (41%) do que os mais jovens (26%) e para os mais pobres (41%) do que os mais ricos (18%). A violência é o maior problema para os mais ricos (41%).
O instituto também perguntou aos entrevistados se a corrupção é maior ou menor entre os políticos do Estado na comparação com o resto do Brasil.
Disseram que é igual ao restante do país 48% dos eleitores ouvidos. Para 36%, a corrupção é maior e 13% consideram menor no Estado.
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