DE SÃO PAULO

O presidente Michel Temer tem até o dia 19 para responder as 50 perguntas feitas pela Polícia Federal sobre supostas irregularidades na edição de um decreto que beneficiou empresas do setor de portos. A informação foi publicada pela revista "Época".

A PF abriu inquérito para investigar suspeitas de que um decreto presidencial foi feito sob medida para atender os interesses do setor portuário. As perguntas foram enviadas em 3 de janeiro para Temer.

A medida foi assinada por Temer no dia 10 de maio e aumentou o prazo dos contratos de concessão de áreas portuárias de 25 anos para 35 anos, podendo ser prorrogado até 70 anos, beneficiando as atuais empresas concessionárias.

As perguntas indicam, segundo a "Época", a suspeita de recebimento de propina por Michel Temer e aliados, como o ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures, filmado pela polícia carregando uma mala de R$ 500 mil entregue pela JBS.

Rocha Loures aparece em interceptações telefônicas defendendo interesses de empresas que atuam nos portos.

Temer pode enviar as respostas por escrito e não tem obrigação de responder a tudo. A PF questiona Temer sobre seu conhecimento em relação a caixa dois em suas campanhas e se ele ou aliados, como Loures, o ex-assessor especial José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho receberam alguma recompensa financeira das empresas beneficiadas pelo decreto dos portos.

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