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27/06/2010 - 11h33

Presidente convenceu Mercadante a abdicar do Senado em viagem ao Uruguai

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DANIELA LIMA
ANA FLOR
DE SÃO PAULO

A candidatura Aloizio Mercadante (PT) ao governo paulista foi selada em um avião --mais especificamente, no dia 1º de março, quando, ao lado de Lula, ele foi prestigiar a posse de Pepe Mujica como chefe de Estado do Uruguai.

Naquele dia, o presidente tinha, além da missão oficial, a tarefa de convencer Mercadante a abdicar de uma provável reeleição ao Senado em nome de um palanque para Dilma Rousseff (PT) no maior colégio eleitoral do país.

Mercadante, que não costuma negar um pedido de Lula, não fez diferente naquela ocasião e desembarcou no Brasil como candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes.

A trajetória política de Lula perpassa de forma determinante a de Mercadante. Os dois se conheceram nos anos 70, quando o senador se envolveu com o sindicalismo.

Em 1994, foi vice de Lula que, à época, disputava a Presidência pela terceira vez.
Ambos foram derrotados pelo tucano Fernando Henrique Cardoso. Em nome da oposição ao PSDB, Mercadante, economista pela USP e pós-graduado pela Unicamp, criticou o Plano Real.

Em 2002, quando Lula foi eleito, Mercadante foi o senador mais votado da história do país -com 10,5 milhões de votos. Mas no PT ele não é uma unanimidade. Tem fama de irritadiço, teimoso e arrogante. Quem o defende diz que ele é obstinado.

Descrito por amigos como um homem intuitivo e sensível, Mercadante gosta de ouvir MPB, devora um romance por semana e adora cavalos.

Casado há 27 anos e pai de dois filhos, perdeu a primeira mulher vítima de câncer.

Passado e Futuro

Após a derrota para José Serra (PSDB) na disputa ao governo em 2006, numa campanha marcada por dossiês contra adversários --o escândalo dos aloprados--, Mercadante se lança agora na tentativa de assumir a liderança do PT-SP.

Ao renunciar à vaga no Senado, abriu espaço para Marta Suplicy --que, como ele, sonha com a disputa à prefeitura paulistana em 2012. Se o senador se eleger, a questão estará resolvida. Se perder, poderá ter dado de bandeja o mandato no Senado e o espaço político para sua adversária.

 

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