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28/07/2010 - 10h36

Analista da Receita nega ter acessado dados de EJ

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CLAUDIA ROLLI
ANDRÉA MICHAEL
DE SÃO PAULO

A analista tributária Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, 45, depôs ontem na Corregedoria da Receita Federal, em São Paulo, e negou, segundo a Folha apurou, ter acessado os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.

No depoimento, que ocorreu das 8h30 às 12h30 na sede da Receita, no centro de São Paulo, a servidora repetiu o que já havia declarado por meio do sindicato ao qual é filiada --o Sindireceita.

Afirmou que não acessou de forma "imotivada" a declaração de Imposto de Renda de EJ, como o tucano é conhecido, e disse desconhecer o dirigente tucano.

Em junho, a Folha revelou que o IR do político constava de dossiê montado pelo "grupo de inteligência" que atuou na pré-campanha da petista Dilma Rousseff.

O Sindireceita e uma das advogadas da servidora informaram que o caso está sob sigilo e que não se pronunciariam sobre o depoimento.

"Por dever de ofício, a defesa não irá se pronunciar", afirmou Carolina Santos, advogada do Sindireceita e da servidora no processo administrativo disciplinar, no qual Antonia é investigada pela Corregedoria.

A advogada disse que Antonia está "tranquila" em relação ao depoimento, porém abalada por causa da exposição que seu nome e de sua família tiveram na imprensa.

Antonia é investigada, em processo administrativo disciplinar aberto pelo fisco em 1 º de julho, como suspeita de ter acessado de forma "imotivada" a declaração de Imposto de Renda de Eduardo Jorge.

O Sindireceita já pediu esclarecimentos ao secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, e ao corregedor-geral do fisco, Antônio Carlos Costa d'Ávila Carvalho, para saber por que razão o nome da servidora "vazou" para a imprensa.

No ofício encaminhado à cúpula do fisco, o Sindireceita considera que no vazamento de informações sobre a servidora houve "desvio de conduta" e que a apuração da quebra de sigilo é importante porque, "caso a investigada venha a ser inocentada", ela poderá propor "ação de reparação por danos morais contra a União".

O Sindireceita também pediu à Polícia Federal para apurar a responsabilidade pelo vazamento do nome da servidora da Receita.

Antonia é funcionária do fisco desde 1995. Era chefe do escritório do órgão em Mauá (SP), mas foi exonerada do cargo no dia 8 de julho, uma semana depois de passar a ser formalmente investigada pela Corregedoria.

O fisco também investiga a possibilidade de a senha de Antonia ter sido usada por outro funcionário sem o consentimento dela.

 

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