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Quadrilha desviou R$ 615 mi do setor público, diz promotor
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MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS
O Ministério Público Estadual de São Paulo divulgou ontem que há provas de que uma suposta organização criminosa desviou pelo menos R$ 615 milhões após fraudar licitações públicas em três Estados e em 11 cidades do interior de São Paulo.
Um dos focos da investigação é a Sanasa/Campinas (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), empresa cujo acionista majoritário é a Prefeitura de Campinas (93 km de SP).
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A suposta quadrilha atuava nas áreas de segurança, vigilância e limpeza em São Paulo, Minas Gerais e Tocantins, segundo as apurações.
Oito suspeitos foram presos na sexta-feira, em Campinas e na capital paulista. Dois estão foragidas.
Os promotores apontam o empresário José Carlos Cepera, como líder da organização. Ele tem seis empresas que estão em nome de laranjas, segundo as apurações.
A Promotoria divulgou que Cepera é o "administrador oculto" de um grupo de seis empresas: Lotus Serviços Técnicos Ltda., Pluriserv Serviços Técnicos Ltda., Infratec Segurança e Vigilância, São Paulo Serviços Ltda., Pro-saneamento Ambiental Ltda. e O.O. Lima Empresa Limpadora Ltda.
Quebra dos sigilos fiscal e bancário e da interceptação telefônica e de correspondências eletrônicas foram usados na investigação.
Cepera e o publicitário e suposto lobista Maurício de Paulo Manduca foram presos na sexta, e, segundo o Ministério Público, foi apreendido com eles um plano para destruir provas da investigação.
Os promotores disseram que um relatório da Polícia Federal sobre o caso "vazou" e a operação teve de ser antecipada em três dias.
GOVERNADOR
"Durante o monitoramento telefônico e telemático (e-mails), houve menção a inúmeros políticos, incluindo prefeitos, secretários, deputados, um governador e um procurador", disse promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado), de Campinas.
Os promotores não revelaram os nomes dos políticos investigados. Parte dos documentos foi enviada ontem ao Superior Tribunal de Justiça.
As empresas têm contratos em Campinas, São Paulo, Guarulhos, Indaiatuba, Hortolândia, Jundiaí, Arujá, Itapetininga, Taubaté, Araraquara e Peruíbe.
Segundo o Ministério Público, a suposta organização criminosa iniciou o esquema em Campinas, com a Sanasa.
A Prefeitura de Campinas, administrada por Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), informou que instaurou uma auditoria para apurar as denúncias. A Folha não localizou os advogados de Cepera e Manduca e não conseguiu contato com a principal empresa de Cepera.
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