Polícia Civil indicia presidente licenciado da Câmara de Triunfo (RS) e mais seis

A Polícia Civil indiciou sete pessoas por falsidade ideológica e peculato no inquérito que apura irregularidades na Câmara de Vereadores de Triunfo (RS). O inquérito foi encaminhado hoje ao Poder Judiciário do município.

A investigação teve origem após denúncia divulgada pelo "Fantástico" de que vereadores e servidores municipais estavam recebendo diárias do poder público para participarem de cursos em cidades turísticas do Brasil. Sem efetiva participação em tais eventos, ele teriam recebido diplomas certificando suas presenças no curso.

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Segundo o delegado Rodrigo Bozzetto, titular da Delegacia de Crimes contra a Fazenda Estadual, Ambiente e Saúde Pública, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), as conclusões foram baseadas em provas testemunhais, documentais, além do material apreendido durante a Operação Legislatur.

Na Câmara de Vereadores de Triunfo foram indiciadas quatro pessoas, entre elas o presidente licenciado da Casa, Fábio Daniel de Souza Wrasse (PDT), além de três pessoas da prefeitura da cidade.

De acordo com o delegado, os indiciados foram ouvidos e sustentaram que fizeram o curso, mas houve contradição com o depoimento do proprietário e professor do curso.

O Tribunal de Contas do Estado deverá analisar o material apreendido e remeter, posteriormente, as conclusões para a Polícia Civil. O delegado lembrou que outros quatro inquéritos policiais foram instaurados para a apuração de fatos em outras cidades. O proprietário do curso também deverá ser responsabilizado em um destes inquéritos.

As penas pelas crimes de falsidade ideológica e peculato podem variar de um a cinco anos e de dois a doze anos, respectivamente. Durante as investigações, foram ouvidas cerca de 25 pessoas.

A reportagem não conseguiu contato com a assessoria da Câmara para comentar os indiciamentos.