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Aliados veem 'campanha fascista' contra Dilma por causa do tema aborto
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SIMONE IGLESIAS
FÁBIO AMATO
DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada, governadores e senadores eleitos e ministros para discutir a participação no segundo turno.
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A campanha de desestabilização da candidatura de Dilma Rousseff (PT) feita por setores das igrejas católicas e evangélicas por ela ser a favor do aborto foi chamada de "fascista" na reunião. A estratégia agora, segundo o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), é de responder o que chamou de "calúnias" e partir para um debate mais politizado e de interesse dos eleitores.
"Há uma campanha fascista, de calúnias, que lembra o século 19. Mas vamos responder com muita tranquilidade", disse.
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou que essa discussão não é prioritária e que o segundo turno servirá para diferenciar as candidaturas de Dilma e do tucano José Serra de forma programática.
O governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse que o debate sobre religião e aborto está superestimado. Na avaliação dele, a campanha petista tem que ter como foco outros temas, como pobreza e desemprego.
"Tudo isso é uma superestimação de questões que não estão no dia-a-dia da população. A Dilma tem posição clara sobre todas essas questões. A Dilma é contra o aborto, é a favor da liberdade religiosa, prega, apoia e defende isso", disse.
"Os problemas do Brasil são outros. E o enfoque da campanha é outra questão e é isso que a campanha da Dilma vai fazer", completou Cid.
O governador disse que defendeu na reunião que o presidente Lula se licencie do cargo para se dedicar à campanha de Dilma, mas foi voto vencido.
"A questão mais fundamental para o Brasil, hoje, é a manutenção desse projeto do Lula. Então qualquer coisa, a meu juízo, justificaria. Mas o presidente acha que é razoável fazer a campanha sem tirar licença", disse.
LULA PAZ E AMOR
Lula disse aos governadores, ministros e senadores que não irá se licenciar para fazer campanha para Dilma este mês, mas que vai participar integralmente da campanha.
Questionado se o presidente vai reduzir o tom agressivo das últimas semanas de campanha, Campos disse que o Brasil verá um "Lula paz, amor e vítória."
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