Alckmin acena com participação do PV no governo paulista

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acenou nesta terça-feira com a possibilidade de participação do PV em seu governo.

O partido de Marina Silva elegeu nove deputados estaduais e já integrava a base aliada do governo paulista.

Questionado sobre a hipótese de buscar o apoio do partido, ele não descartou, mas ressaltou que qualquer negociação só começará em novembro após do segundo turno da eleição presidencial.

Depois de uma reunião com o presidenciável José Serra (PSDB), o governador eleito disse ainda ter telefonado para Marina para parabenizar seu desempenho no primeiro turno.

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"Falei com a Marina, dei os parabéns a ela pela grande contribuição ao processo político.", afirmou o tucano.

Ela conseguiu 19,33% dos votos válidos (19,6 milhões). Esse patrimônio eleitoral é cobiçado por Dilma Rousseff (PT) e Serra.

"É claro que queremos o apoio [de Marina], mas não vamos criar nenhum constrangimento", disse.

Hoje, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que Marina Silva já aceitou se reunir com a campanha de Dilma para discutir um apoio no segundo turno. No entanto, não foi marcada uma data para reunião, que vai depender da senadora do PV.

"Ela aceitou sentar para conversar. Agora, vamos esperar o timing dela", afirmou o petista em Brasília.

O presidente Lula também poderá entrar na negociação conversando diretamente com a senadora.

Ministros e governadores disseram que, em princípio, a coordenação da campanha conversará com Marina. Mas afirmaram que Lula poderá procurá-la.

Do lado tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi escalado para iniciar uma aproximação com Marina.

Ontem, a senadora deu novos sinais de que pretende se declarar neutra. Ela trava disputa com a direção do PV para impedir uma adesão imediata da sigla a Serra. Marina recebeu ligações dos dois candidatos, mas não quis marcar reuniões com eles.