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08/10/2010 - 21h44

CGU detecta desvio de R$ 25 milhões em Dourados

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SÍLVIA FRIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CAMPO GRANDE (MS)

Levantamento feito pela CGU (Controladoria-Geral da União) a pedido da Polícia Federal em Dourados (MS) indica desvio de R$ 25 milhões de verbas federais e estaduais feito pelo prefeito afastado, Ari Artuzi (sem partido), vereadores, funcionários e donos de empreiteiras.

O montante é resultado principalmente do superfaturamento de contratos licitados para compra de medicamentos e obras, segundo o levantamento da CGU.

Os auditores analisaram documentos recolhidos na Prefeitura de Dourados referentes ao período de janeiro de 2009 a agosto de 2010.

Após prisões, nova prefeita toma posse em Dourados
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A avaliação começou da Operação Uragano, da PF, na qual Artuzi e mais 28 pessoas foram detidas sob suspeita de desvio de verba pública.

O delegado da PF em Dourados, Bráulio César Galloni, disse que foram avaliados 53 contratos, que somam R$ 125 milhões em verbas dos governos federal e estadual.

Indícios de irregularidades foram encontrados em 36 desses contratos, que totalizam R$ 25 milhões.

"Esse dinheiro era destinado à corrupção", disse.

Os contratos superfaturados eram, na maioria, na área da saúde.

Galloni calcula que de R$ 16 milhões a R$ 17 milhões dos recursos destinados eram de licitações da compra de medicamentos e outras movimentações via Hospital Evangélico. O restante do dinheiro desviado foi angariado por superfaturamento de contratos de pavimentação e operações tapa-buraco.

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual, os recursos do Hospital Evangélico foram umas das principais fontes de pagamento de propina a vereadores, que recebiam R$ 50 mil de mensalão, dinheiro proveniente desses desvios.

Galloni disse que o relatório da CGU será encaminhado ao Ministério Púbico do Estado e Ministério Público Federal para que sejam anexados os inquéritos.

Com a operação da PF, 60 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público sob acusação de falsidade ideológica, crime contra as relações de trabalho e formação de quadrilha.

Artuzi, mesmo afastado do cargo, tem foro privilegiado e a denúncia deve ser avaliada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Desde 1º de setembro, Artuzi está preso em Campo Grande. Ele sempre negou envolvimento no caso.

 

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