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09/10/2010 - 08h07

Presidente do PT admite 'frustração' com resultado do primeiro turno

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ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Menos de uma semana após ver a disputa presidencial ir para o segundo turno, o presidente do PT e coordenador da campanha de Dilma Rousseff, José Eduardo Dutra, admite a "frustração" criada por uma "expectativa que não se concretizou" de vitória em 3 de outubro.

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Folha - O que levou a campanha para o segundo turno?

José Eduardo Dutra - A gente tem que reconhecer que a partir das pesquisas, a partir do programa eleitoral, quando a gente começou a crescer muito rápido, acabou sendo impregnado em todos nós, embora não fosse consciente, embora a gente não explicitasse isso e nas declarações a gente sempre procurava passar para a militância evitar o salto alto, uma sensação de que íamos ganhar no primeiro turno. Isso fez com que nós tivéssemos uma posição olímpica em relação à campanha. Mudou o tom por parte dos adversários e nós continuamos fazendo a campanha do mesmo tom do início. A campanha já estava mais para Chicago e nós estávamos ainda em Woodstock.

Mas houve episódios pontuais que levaram a candidata a perder votos.

Houve três episódios que num primeiro momento não tiraram votos, mas pessoas que já tinham definido o voto em Dilma acabaram recuando e pedindo "um tempo". Bateu-se na questão da Receita, que não se comprovou nenhuma vinculação com a campanha e com Dilma; teve o caso Erenice, que teve um efeito na medida em que era uma questão palpável e de bom entendimento; e teve uma campanha muito forte na internet que foi a utilização de forma caluniosa e profissional dos boatos.

O caso Erenice trouxe de volta o caso do mensalão?

Talvez tenha feito a população pensar em episódios pretéritos e daí resolve dar um freio de arrumação. Mas há outro fato, que é o das pessoas pensando: "Nem o Lula ganhou no primeiro turno. Por que a candidata dele que chegou agora vai ganhar?"

Lula exagerou ao dizer que órgãos da imprensa se comportavam como partidos?

Obama também disse isso nos EUA. Ele chegou a dizer que iria tratar a Fox como um partido de oposição. E nem por isso ouvi ninguém dizer que o Obama estava querendo acabar com a liberdade de imprensa americana.

O sr. teme que o debate fundamentalista e religioso domine o segundo turno?

Se isso acontecer, não vai ser ruim apenas para um candidato. Vai ser ruim para o Brasil.

O sr. atribui à campanha de Serra os boatos contra Dilma?

Não há dúvida. Há elementos que mostram que há uma produção de um estado-maior, que está materializando isso. O número de panfletos, este material não está sendo produzido de forma artesanal, é de forma industrial, centralizada. Isso claramente vem da campanha.

 

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