Publicidade
Publicidade
Próximo presidente terá de redefinir vocação do Bolsa Família, avalia economista
Publicidade
DA AGÊNCIA BRASIL
Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB) poderão ter de mexer na principal ação social do governo Lula: o programa Bolsa Família. A avaliação é de Serguei Soares, doutor em economia e especialista da área social do Ipea (Instituto Pesquisa Econômica Aplicada).
Segundo ele, saber qual a vocação do programa --fazer a proteção social dos mais pobres ou gerar oportunidades para superação da pobreza-- deverá entrar na agenda do próximo governo.
Veja mapa com todos os resultados das eleições
Veja a cobertura completa sobre as eleições
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
"As duas coisas são incompatíveis", acredita Serguei e "exigem abordagens diferentes para públicos diferentes". Conforme o analista, a proteção social deve ser uma ação ativa do Estado sem a exigência de contrapartidas, isso porque "os pobres não são pobres à-toa". "As famílias mais pobres são as mais vulneráveis e desestruturadas, têm mil e um problemas, alguns conhecemos e outros nem imaginamos."
Na avaliação de Soares, além dessa demanda, há setores na sociedade que esperam que "o Bolsa Família, como se diz na sabedoria popular, não dê o peixe, mas ensine a pescar". Isso significa orientar o programa "não para o mais pobre entre os pobres, mas para aquele cidadão que com alguma ajuda decola e sai da linha de pobreza", disse se referindo à oferta de mais microcrédito e de treinamento profissional, por exemplo.
"Se é um programa de proteção social, ninguém deve cobrar porta de saída. É para todos, é universal", diferencia. O economista aposta que a escolha, "que não é urgente", será dispor dos dois instrumentos.
Para ele, o programa é "bem gerido" e tem "sucesso inquestionável". O Bolsa Família "é tão bem pensado que a gente pergunta porque se demorou tanto a descobrir uma coisa óbvia: se alguém é pobre a solução é dar dinheiro para esse alguém", afirmou ao comentar que é o êxito do programa que leva ao impasse sobre o qual o próximo governo decidirá.
Atualmente, o Bolsa Família atende a 12,7 milhões de famílias e faz a transferência direta de renda com condicionalidades básicas: a frequência escolar, cartão de vacinação em dia e realização do acompanhamento pré-natal pelas gestantes. O programa deverá transferir este ano R$ 13,1 bilhões. Durante o 1º turno, o Bolsa Família foi mencionado de forma elogiosas pela maioria dos candidatos, que, inclusive, prometiam a ampliação do programa.
+ Notícias sobre eleições
- Dilma começa 2º turno com 48%; Serra tem 41%, diz Datafolha
- Serra herda 51% dos votos de Marina, aponta Datafolha
- Lula é um mito, mas mitos e muros são derrubados, diz Itamar Franco
+ Notícias em Poder
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice