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13/10/2010 - 19h12

A duas semanas do 2º turno, Lessa é intimado a depor na PF de Alagoas

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SILVIA FREIRE
DE SÃO PAULO

A poucos dias do segundo turno da eleição para o governo de Alagoas, o candidato Ronaldo Lessa (PDT), ex-governador do Estado, foi intimado pela Polícia Federal a depor sobre o possível superfaturamento na licitação em uma obra executada durante seu governo pela construtora Gautama, do empresário Zuleido Veras.

Segundo a assessoria de comunicação da PF em Alagoas, o depoimento foi marcado para a próxima terça-feira, às 10h, e não tem nenhuma motivação política. Lessa disputa o segundo turno contra Teotonio Vilela Filho (PSDB), que tenta a reeleição.

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Inicialmente, Lessa seria ouvido no dia 28 de setembro, antes do primeiro turno, mas o ex-governador disse que tinha compromissos e pediu que o depoimento fosse adiado.

O inquérito, de acordo com a PF, identificou um possível superfaturamento de R$ 46 milhões (valores atualizados) na execução da macrodrenagem do Tabuleiro dos Martins, executada pela Gautama, em Maceió. A obra foi iniciada na gestão do ex-governador Manoel Gomes de Barros (1997-1998) e concluída no governo Lessa (1999-2006). A investigação apura também um possível crime ambiental, pois há suspeita de que a obra foi iniciada sem licença ambiental.

O ex-governador Gomes de Barros e o empresários também serão ouvidos no mesmo dia do candidato, mas em horários diferentes. Segundo a assessoria da PF, Lessa não foi indiciado.

O advogado Marcelo Brado, assessor jurídico da coligação de Lessa, disse que o candidato vai ao depoimento, mas que considera a situação inusitada. Segundo ele, a execução da obra já foi investigada e já houve pessoas indiciadas e processadas, sem que o ex-governador fosse envolvido. O candidato não havia sido intimado até o final desta tarde, segundo o advogado.

OPERAÇÃO NAVALHA

Em 2007, a Polícia Federal deflagrou a Operação Navalha, que investigou supostos desvios de obras públicas em diversos Estados envolvendo a construtora Gautama.

O governador Teotonio Vilela Filho, que disputa o segundo turno da eleição com Lessa, foi denunciado pelo Ministério Público Federal sob a acusação de envolvimento no esquema, mas em relação a outra obra da construtora no Estado. Teotonio sempre negou participação no esquema. O proprietário da Gautama também sempre alegou inocência.

 

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