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Serra descarta uma 'porrada' no câmbio, dizem assessores
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FERNANDO CANZIAN
DE SÃO PAULO
Assessores de José Serra (PSDB) afirmam que o candidato a presidente descarta uma "porrada" no câmbio para conter a valorização do real, que estaria "triturando" o setor exportador nacional.
Segundo esses colaboradores, Serra considera que o regime de câmbio flutuante seja o melhor para o país.
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O candidato não desejaria também nenhum tipo de controle cambial para impedir que dólares de especuladores inundem o mercado, como vem ocorrendo. É isso o que deprime o valor da moeda norte-americana.
Anteontem, Serra declarou no Rio que, se eleito, as mudanças econômicas seriam "amplas". Tanto do ponto de vista da política econômica quanto de equipe e em relação a gastos.
Seus assessores acham que o real valorizado deve ser combatido, principalmente, com corte de gastos públicos.
Isso permitiria ao governo reduzir o juro que o Banco Central pratica para conter a inflação, e que é um poderoso atrativo para o capital externo especulativo.
Como as maiores economias do mundo têm hoje atividade e juros muito baixos, o capital internacional procura países com juros elevados (como o Brasil) para aplicar um dinheiro que tomam a custo quase zero lá fora.
A redução de gastos incluiria, entre outras medidas: aglutinação de vários programas hoje dispersos (um "samba do crioulo doido", diz um assessor); redução drástica de cargos comissionados ("hoje ocupados por sindicalistas e apadrinhados"), transformando parte deles em cargos de carreira; e até diminuição do número de secretarias e ministérios.
Serra manteria a promessa de aumentar as despesas na área social, compensando os gastos adicionais com cortes em outros setores.
Além da redução nas despesas públicas, o setor exportador seria beneficiado com cortes em seus custos.
Um assessor cita, por exemplo, preços de energia elétrica, gás e petróleo para o setor industrial. No caso da energia, o que se estuda é a diminuição de impostos.
Outro ponto seria uma agressiva política para conter importações fraudulentas, especialmente da China.
O Banco Central também teria um papel mais atuante no dia a dia do câmbio, não apenas comprando os excessos de dólares e os incorporando às suas reservas.
Outro colaborador cita como exemplo a ser seguido a atuação do ex-presidente do BC na gestão FHC, Armínio Fraga. "Ele chegou até a atuar pessoalmente no mercado contra especuladores."
Na política econômica, a mudança essencial seria coordenar a ação das várias áreas do governo.
Um colaborador diz que o país não tem hoje política econômica. "O que há é só uma política de juros."
Ele cita, por exemplo, o fato de, no início do ano, o BC ter ameaçado aumentar os juros para segurar a economia enquanto Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal pisavam no acelerador da concessão de crédito.
"Banco do Brasil, CEF e BNDES expandem o crédito como malucos e completamente descoordenados em relação ao Banco Central", diz o assessor.
Ainda sobre o BNDES, a campanha de Serra não descarta manter juros subsidiados para o setor produtivo.
"O que não queremos é usar esse tipo de instrumento para financiar a compra de uma empresa por outra", diz o colaborador.
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