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21/10/2010 - 19h44

Presidente do PSDB diz que depoimento de jornalista à PF prova que PT montou 'farsa'

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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

Em nota divulgada nesta quinta-feira, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirma que o depoimento do jornalista Amaury Ribeiro Jr. prestado à Polícia Federal comprova que o PT montou uma "farsa" para tentar acobertar a quebra do sigilo fiscal de familiares do candidato à Presidência, José Serra (PSDB), e tucanos.

Guerra diz que o PT e a candidata Dilma Rousseff (PT) forjaram a versão de que a venda de dados sigilosos da Receita Federal ocorreu a partir de uma disputa interna no PSDB entre Serra e o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG).

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"A leitura do depoimento prestado pelo jornalista à Polícia Federal revela exatamente o contrário e joga por terra a tentativa do PT de fraudar a verdade: em nenhum momento o jornalista disse ter feito qualquer investigação com o objetivo de proteger o governador de Minas de ações de pessoas ligadas ao governador Serra."

Segundo Guerra, o jornalista confirmou à PF a realização de pelo menos duas reuniões de integrantes do comitê da campanha de Dilma, em Brasília, para contratar serviços de espionagem contra Serra - com data, hora e endereços identificados pela PF.

Além disso, o tucano diz que o depoimento confirma que o comitê de Dilma analisou propostas financeiras feitas para a contratação de serviços de espionagem, assim como havia uma "disputa interna" de poder entre dirigentes do PT dentro da campanha petista.

Após analisar o depoimento, Guerra diz que o jornalista atribuiu o vazamento dos dados ao deputado estadual Rui Falcão (PT-SP).

FÉRIAS

O tucano afirma que, pelo depoimento, está comprovado que Amaury não trabalhava no final de setembro passado no jornal "Estado de Minas" - onde disse estar na época, quando teria começado a levantar informações para "proteger" Aécio.

"Documentos da empresa mostram que o jornalista encontrava-se em férias, tendo voltado em 14 de outubro para pedir demissão. Enquanto trabalhava no jornal, suas despesas eram custeadas pela empresa e, durante o período das férias, suas despesas passaram a ser custeadas por pessoas. Quem pagava as despesas de Amaury? Por que ele sempre passava por Brasília antes de seguir para São Paulo, conforme demonstra a investigação?", questiona Guerra.

Na nota, o tucano cobra respostas sobre o dinheiro utilizado para o pagamento do despachante Dirceu Rodrigues Garcia, responsável por obter os dados sigilosos na agência da Receita Federal.

"O presidente da República e Dilma Rousseff devem ainda explicar ao país quem autorizou a integrantes do comitê da candidata a fazer negociações de contratos para espionagem e que envolveriam até a contratação de transporte de dinheiro de caixa 2, conforme afirmou o jornalista em seu depoimento à Polícia Federal. Todos, incluindo o PSDB, esperam os esclarecimentos que se fazem necessários e urgentes ao País", afirma Guerra.

ATAQUES

Em uma crítica ao presidente Lula e Dilma, o tucano diz que o petista "anunciou ao país" que a Polícia Federal se pronunciaria a respeito das quebras de sigilo numa investigação "isenta e sigilosa", mas no fundo o presidente deseja que a ação da PF seja "favorável ao seu partido, o PT".

"Se o assunto é tão relevante a ponto de merecer a participação direta do presidente da República, por que a Polícia Federal não divulgou a íntegra dos depoimentos? A resposta é simples. A leitura dos depoimentos joga por terra toda a farsa montada pelo PT para esconder as vergonhosas e inaceitáveis ações que ocorreram verdadeiramente dentro do comitê da campanha da candidata Dilma Rousseff, em Brasília."

 

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