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Proposta de reduzir gastos no governo deve ser adotada nos três Poderes, diz Sarney
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta quinta-feira que a proposta do governo federal de reduzir gastos na gestão Dilma Rousseff (PT) deve ser adotada nos três Poderes da República. Segundo o peemedebista, "não se pode falar em redução de gastos falando de um Poder só".
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"Tem que falar num esforço comum e uma política a ser seguida pelo Estado envolve, então, todos os Poderes", afirmou.
Aliado de Dilma, Sarney disse que o Congresso está disposto a "acompanhar a política" de austeridade fiscal do governo federal sem votar reajustes ou criações de cargos. O peemedebista deve ser candidato à reeleição para o comando do Senado em fevereiro de 2011.
"Evidentemente, o Legislativo vai acompanhar a política do governo, sobretudo hoje que a maioria aqui dentro do Congresso do governo é uma maioria confortável."
Sarney disse que os números projetados pelo governo estão "dentro dos parâmetros", sem indicativos de que "saiam do controle" na gestão Dilma. "Evidentemente que política monetária tem de ser feita dentro da realidade do dia a dia. Ela não pode ser uma coisa fixa nem dogmática. Ela tem que enfrentar a realidade e a economia tem que se colocar dentro destes parâmetros."
Na opinião do peemedebista, a "rigidez" da política econômica vai depender do desempenho da economia brasileira. "Às vezes, é necessário subir juros, às vezes, é necessário baixar os juros. Depende do funcionamento da economia. E hoje com a economia global, nós também temos que ficar com um olho na economia interna e outro olho na economia internacional."
NOVO GOVERNO
Sarney saiu em defesa das escolhas de Dilma para a sua futura equipe econômica por representar a "continuidade da política econômica que tem dado certo".
"Os nomes apresentados demonstram justamente isso, de manter a política de austeridade econômica, superavit primário e, ao mesmo tempo, controle da inflação, que a economia esta num patamar no Brasil esta fora da crise econômica mundial", afirmou.
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