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Para FHC, Dilma terá que escolher entre política desenvolvimentista ou racional
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DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), terá que escolher entre uma política "neodesenvolvimentista" ou uma gestão econômica mais "racional".
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FHC falou hoje pela manhã sobre a equipe econômica anunciada ontem pela presidente eleita --Guido Mantega para a Fazenda, Mirian Belchior para o Planejamento e Alexandre Tombini para o Banco Central-- e os desafios do próximo governo.
"Dentro desse [atual] governo temos tendências fortes no sentido neodesenvolvimentista. No sentido de apertar o acelerador... 'consome mais'. Ela terá que optar entre essa tendência e uma coisa mais racional. E quando ela escolhe o Tombini, um técnico, que deve pensar por um viés mais concreto, ela sinaliza que não vai acelerar tanto assim", avaliou FHC.
O ex-presidente disse acreditar que Dilma é "racional. Teimosa, mas racional". "Não sei como ela vai decidir [os rumos da política econômica]. Na hora da onça beber água, não é equipe, é o presidente quem decide", afirmou.
FHC chamou Alexandre Tombini de um "bom técnico" e disse que a nova equipe econômica terá que lidar com novos desafios, principalmente por conta da valorização do Real. Ele também afirmou que existe a possibilidade de um ajuste monetário.
"Acho que é possível. Não por causa da equipe [anunciada ontem] mas por causa da situação. Como há sinais de inflação, é possível que haja uma ação mais depressa na questão fiscal, para permitir baixar a taxa de jutos de maneiras mais consequentes", afirmou.
CONGRESSO
Durante a palestra, o ex-presidente também disse que, possivelmente, Dilma terá uma relação mais difícil com o Congresso Nacional do que a mantida pelo presidente Lula.
FHC afirmou que lidar com os parlamentares é "difícil", e citou como exemplo da pressão que será exercida sobre a presidente a articulação promovida pelo PMDB em nome da formação de um "blocão" na Câmara.
"Lidar com o Congresso é difícil. É: 'me dá o que eu quero, ou lá vem blocão'. O presidente Lula usou uma tática de dar o Congresso para o Congresso. Não pediu nada, não fez mudanças. A presidente Dilma vai ter que fazer mudanças, e está em posição mais vulnerável. Vamos torcer para que dê certo", disse.
O ex-presidente falou por mais de uma hora sobre a economia mundial no fórum CardMonitor, promovido pelo setor de cartões na capital paulista.
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