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Lula compara escândalo do mensalão ao caso Escola Base
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BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o escândalo do mensalão, responsável pela maior crise de seus oito anos de governo, ao caso Escola Base, quando, na década de 90, donos de uma escola em São Paulo foram acusados injustamente, de abuso sexual contra crianças.
Em entrevista ao site do produtor Celso Athayde, Lula sugeriu inocência dos acusados de envolvimento no mensalão. O Supremo Tribunal Federal aceitou denúncia contra 40 réus acusados de envolvimento no escândalo.
"Esse caso me lembra o linchamento de inocentes. Muita gente entra na onda, fica cega e surda para qualquer argumento contrário, e passa, vamos dizer, a jogar bosta na Geni", afirmou o presidente.
"Comparo também com o caso da Escola Base, de São Paulo, em que os donos foram acusados de molestarem sexualmente as crianças. Eram absolutamente inocentes, mas começaram a ser bombardeados e a ser conhecidos em praticamente todos os veículos de comunicação como 'os monstros da Escola Base'."
O presidente, que voltou a dizer que, após deixar o governo, vai "estudar o caso para entender o que realmente aconteceu", questionou o fato de que o processo contra os acusados continuou mesmo sem apresentação de provas pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ).
"O que mais me intriga é que o deputado que fez a acusação foi cassado porque não apresentou nenhuma prova. O texto da cassação dele, na Câmara dos Deputados, diz que ele foi cassado por falta de decoro parlamentar por não ter provado as acusações que fez. Mesmo assim, o processo contra os acusados continuou", disse.
Em outras entrevistas e discursos, o presidente sempre condena julgamentos precipitados, mas defende a apuração de suspeitas contra autoridades supostamente envolvidas em irregularidades.
Ainda em relação ao mensalão, Lula voltou a dizer que o escândalo foi usado para tentar impedir sua reeleição em 2006. Segundo o presidente, uma tentativa de impeachment contra o seu governo só não foi à frente porque, diz Lula, afirmou a congressistas que teriam de enfrentá-lo "nas ruas".
"A coisa só não continuou porque eu mandei um recado claro a diversos senadores que queriam inclusive iniciar um processo de impeachment - se tentarem quebrar as regras democráticas, vão ter que me enfrentar nas ruas", disse.
DITADURA NO DNA
Na entrevista, o presidente ainda insinua que o DEM, em 2005, quando ainda se chamava PFL, tentou "ganhar no tapetão" na esteira do escândalo do mensalão, e disse que o partido tem a "ditadura no seu DNA".
"Esse partido, ou melhor, seu antecessor, o PFL, que não consegue se viabilizar nas urnas, em 2005 tentou o tapetão, o que é natural porque é um partido que tem a ditadura no seu DNA. É sempre assim, partido que não tem apoio do eleitorado, apela", disse o presidente.
Lula ainda fez um mea-culpa em relação ao episódio, durante a última campanha eleitoral, quando defendeu, em comício, que o DEM deveria ser "extirpado" da política brasileira.
"Quando, este ano, eu disse que esse partido precisava ser extirpado da política brasileira, eu me referia às urnas, dentro do jogo democrático. Mesmo assim me penitencio. Acho que foi um momento de arroubo, de exaltação, que não deveria ter acontecido", afirmou.
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