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27/12/2010 - 17h19

Força Sindical critica Lula por declaração sobre salário mínimo de R$ 540

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DE SÃO PAULO

A Força Sindical criticou nesta segunda-feira declaração do presidente Lula de que manterá em R$ 540 o valor do salário mínimo, previsto no Orçamento para 2011 e aprovado pelo Congresso.

"No final de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece querer que esqueçamos que seus oito anos de governo foram direcionados para o enfrentamento das desigualdades sociais. Os insensíveis tecnocratas, ainda enraizados na área econômica, insistem em dar um pífio aumento para o salário mínimo", diz a entidade, em nota assinada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).

A central sindical afirma que, se a medida provisória do governo prevê um mínimo de R$ 540, ela irá protocolar emendas no Congresso para um reajuste R$ 40 maior. A entidade também quer um aumento de 10% para aposentadorias acima do mínimo.

A Força Sindical ainda diz que é importante manter o acordo de 2006 que calcula o reajuste com base na inflação do ano e no crescimento de dois anos anteriores.

"Esta política voltada para os menos favorecidos e de bons reajustes para o piso nacional, vale destacar, teve forte impacto nos índices recordes de aprovação do presidente Lula", afirma a central.

POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO

Em café da manha com jornalistas do Palácio do Planalto, Lula afirmou hoje que manterá o mínimo em R$ 540.

"Se tiver que fazer alguma mudança, Dilma fará depois de janeiro. A nossa proposta é justa e tem que se levar a sério", disse.

Lula lembrou que a política de valorização do salário mínimo, que tem como critério a variação do PIB e a inflação, é resultado de uma negociação que centrais sindicais.

Na semana passada, em entrevista à Folha, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, defendeu o mínimo de R$ 560.

Seu partido, o PDT, havia ameaçado impedir a votação do Orçamento, sob relatoria da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), caso o reajuste fosse de R$ 540 --o partido chegou a reivindicar um piso de R$ 580.

A paralisação, contudo, acabou não vingando, e o Orçamento de 2011 foi aprovado pelo Congresso na noite do dia 22, pouco antes do início do recesso parlamentar do final do ano --que começou à meia-noite do dia seguinte.

 

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