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29/12/2010 - 20h38

Para Lula, imprensa deveria pedir desculpas por criticar 'Minha Casa, Minha Vida'

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MATHEUS MAGENTA
DE SALVADOR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde desta quarta-feira (29) em Salvador que a imprensa deveria pedir desculpas por, de acordo com ele, ter publicado que o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" não atingiria a meta de contratação de 1 milhão de casas, anunciada hoje pela Caixa Econômica Federal.

"Aqueles que escreveram esta semana que a gente não ia entregar 1 milhão de casas, por favor, peçam desculpas e reescreveram a matéria de vocês. Não é feio pedir desculpa, feio é persistir no erro e na ignorância de alguns que ousaram acreditar que não seríamos capazes."

Minha Casa, Minha Vida atinge 1 milhão de contratos
Lula diz que é bom terminar mandato e ver EUA em crise

A declaração foi dada durante a entrega de 680 unidades habitacionais do programa em Salvador. Segundo a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, o investimento no programa chegou a R$ 53 bilhões e a meta foi superada em quase 3.000 casas.

"Eu não disse que nós íamos completar numa data 'x', mas eu tinha a convicção de que era preciso terminar o meu mandato fazendo o maior número de contratos já feito na história deste país para habitação", disse Lula.

Em março deste ano, e ainda distante do cumprimento da meta estabelecida na primeira etapa, o governo lançou a segunda fase do programa, com alvo de ter 2 milhões de imóveis até 2014, sendo três quintos para famílias com renda mensal de até três salários mínimos.

A visita a Salvador foi a última viagem oficial de Lula como presidente, antes de entregar a faixa presidencial para a presidente eleita, Dilma Rousseff. A cerimônia virou uma festa de Carnaval, com a presença da banda Armandinho, Dodô e Osmar e do bloco afro Ilê Aiyê.

O evento foi transmitido para outros 17 Estados onde foram realizadas cerimônias simultâneas de inauguração de obras ou entregas de chaves de imóveis. Lula até bateu bola com operários da obra em Salvador.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), pediu para o plateia de mais de 300 pessoas que tentasse animar Lula porque ele estava triste com o fim do governo. "Tá um chororô danado por onde passa. Mas é uma saudade boa. Vou fazer uma estátua pra dizer que o último ato foi aqui", disse o governador.

No clima de Carnaval, Lula disse que a Bahia "podia se preparar que Lulinha vinha para arrasar" na folia baiana de 2011.

Em entrevista, o presidente afirmou que não deviam questionar sobre seu destino após deixar a Presidência porque nem ele sabia. Brincou ainda dizendo que tinha uma "sensação gostosa" de não precisar responder a nenhuma pergunta da imprensa nos próximos dias.

BATTISTI

Ainda durante a entrevista, Lula disse que deixou para amanhã o anúncio sobre a questão da concessão de refúgio ao terrorista italiano Cesare Battisti e que não teme represálias da Itália, que pede a extradição.

"Não existe represália da Itália, o Brasil é soberano. Nós já ganhamos maioridade. O Brasil é soberano e toma a decisão que quiser. Quando for a Itália para tomar decisão, respeitaremos a decisão soberana deles", disse.

 

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