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Com quadro estável, Alencar sai da UTI e vai para quarto do hospital
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FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO
O vice-presidente da República, José Alencar, foi transferido nesta quinta-feira (30), por volta das 16h30, para um quarto no 11º andar do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Cardiológica há oito dias, após dar entrada no hospital com quadro de hemorragia intestinal grave, no dia 22.
Os sangramentos estão controlados, segundo boletim médico. Alencar não precisou se submeter a novas sessões de hemodiálise e transfusão de sangue desde que passou por procedimento na noite de anteontem.
Os médicos que cuidam de Alencar dão como certa a ausência do político na posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, no sábado (1º).
Ricardo Stuckert/PR |
José Alencar deixa UTI, mas não poderá ir à posse de Dilma |
Ele havia prometido dançar um xaxado com a petista e manifestou vontade de comparecer à solenidade em Brasília. A hipótese de viajar foi vetada pela equipe médica.
Prestes a deixar o cargo, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ao médico Roberto Kalil Filho que visitará o vice no dia 1º.
Já na condição de ex-presidente, Lula sairá da posse direto para o hospital e depois seguirá para São Bernardo do Campo, onde será recebido com festa.
Alencar já recebeu visitas do deputado José Genoino (PT), do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). O próprio Lula, acompanhado de Dilma, passou no Sírio-Libanês no dia 23.
Ao prefeito Marinho, segundo relato do próprio, Alencar afirmou: "Eu não preciso morrer por causa do câncer. Se Deus quiser me levar, poderá levar a qualquer hora. Não é o câncer que vai me levar".
HISTÓRICO
No dia 27 de novembro, Alencar foi operado para desobstruir o intestino. Após cinco horas de cirurgia, os médicos extraíram dois nódulos e 20 centímetros de seu intestino delgado.
Desde então, em idas e vindas no Sírio-Libanês, não chegou a passar mais de seis dias fora do hospital.
Sua 17ª cirurgia, no dia 22,quando deu a mais recente entrada no Sírio-Libanês, durou três horas e não atingiu o objetivo: uma aderência na região do abdome impediu que os médicos alcançassem o tumor.
Alencar combate um câncer na região do abdome há mais de 15 anos.
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