Publicidade
Publicidade
Sindicância sobre caso Erenice Guerra termina sem punições
Publicidade
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
A sindicância instalada na Casa Civil dia 16 de setembro passado para apurar o envolvimento de servidores do órgão em tráfico de influência na gestão da ex-ministra Erenice Guerra chegou ao fim sem pedir punições.
Dois ex-funcionários da Casa Civil foram investigados: Vinicius Castro e Stevan Knezevic. O esquema de tráfico de influência seria comandado pelo filho de Erenice, Israel Guerra, e contava com a ajuda Knezevic e de Castro. Ambos pediram demissão da Casa Civil em setembro. Castro deixou o governo e Knezevic voltou para seu órgão de origem, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), onde é concursado.
Com base no relatório da comissão de sindicância interna, coube ao ministro Carlos Eduardo Esteves (Casa Civil) decidir o que fazer com as conclusões. O prazo da comissão foi prorrogado duas vezes. A última delas para não coincidir com a última semana da campanha presidencial.
Esteves deixou o cargo ontem, entregando a Casa Civil a Antonio Palocci, e decidindo por não punir ninguém.
A sindicância não investigou Erenice porque não tem poderes para isso.
Segundo a Casa Civil, não houve sugestão de punição a Castro porque a investigação não comprovou envolvimento dele com as denúncias. Já a situação de Knezevic será decidida pelo Ministério da Defesa, já que ele é servidor da Anac. Knezevic não depôs na comissão de sindicância. Como funcionário de outro órgão, ele tinha a prerrogativa de se negar a participar.
A Casa Civil remeterá ao Ministério da Defesa cópia do relatório final do caso. O relatório também será encaminhado à Comissão de Ética Pública da Presidência.
Ainda segundo a Casa Civil, a sindicância propôs a abertura de um processo administrativo disciplinar para apurar convênio firmado em fevereiro de 2005, na gestão do então ministro José Dirceu, envolvendo a empresa Unicel.
No auge das denúncias contra Erenice, surgiu a suspeita de que o empresário José Roberto Camargo Campos, marido da ex-ministra e ex-diretor da empresa Unicel, teria a companhia favorecida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e pelo TCU (Tribunal de Contas da Uniã) na obtenção de licença para operar telefonia móvel via rádio.
Erenice segue sendo investigada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União.
+ Canais
- Leia especial sobre os oito anos do governo Lula
- Confira os principais fatos ocorridos na política este ano
- Acompanhe a Folha Poder no Twitter
- Comente reportagens em nossa página no Facebook
+ Notícias em Poder
- Dilma trata de infraestrutura em primeiras reuniões bilaterais
- José Eduardo Cardozo diz não haver motivos para STF reavaliar caso Battisti
- Patriota diz que caso Battisti não atrapalha relação Brasil-Itália
- Palocci assume Casa Civil e renega título de superministro
- Helena Chagas assume Secom prometendo manter liberdade de imprensa
- Ministro da Justiça toma posse defendendo PF menos 'espetacularizada'
- Após encontro com Dilma, primeiro-ministro defende investimento em Portugual
- Pivô de crise, Erenice Guerra reaparece no Planalto durante posse
- Ex-miss, vice-primeira-dama chama atenção durante a posse
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice