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05/01/2011 - 13h23

Temer minimiza crise e diz que PMDB não votará contra o governo

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CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta quarta-feira que o valor do salário mínimo será discutido pelo PMDB no Congresso, mas que só será votado o quer for possível para o Tesouro Nacional.

"O PMDB disse que vai discutir no Congresso, mas que só vai votar o quer for possível para o Tesouro. O PMDB não vai votar contra o governo", disse Temer.

PT e PMDB estão em crise por causa da partilha de cargos no governo Dilma Rousseff. Em meio ao desgaste, os peemedebistas anunciaram que não estão convencidos do valor do salário mínimo de R$ 540 fixado para 2011.

Para conter a animosidade entre os partidos, a presidente decidiu suspender as nomeações para o segundo escalão. As indicações voltarão a acontecer depois das eleições no Congresso. A suspensão foi anunciada ontem por Temer.

O vice afirmou que conversou ontem com seu partido, pediu calma na formação da equipe de governo e, segundo ele, o PMDB concordou em esperar. "O PMDB tem toda a calma."

Temer disse ser solidário ao PMDB, mas destacou que esse açodamento não é exclusivo de seu partido. "É generalizado, o que há é de todo mundo."

O vice participou hoje de uma missa em memória do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB), na Catedral da Sé, em São Paulo. Também participaram da cerimônia os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, Paulo Maluf (PP), Gilberto Kassab (DEM) e Eduardo Suplicy.

CÂMARA

A maior preocupação do governo e do PT neste início de governo é evitar que as insatisfações no PMDB acabem por prejudicar a eleição do petista Marco Maia (RS) à presidência da Câmara, em fevereiro.

Ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o governo federal vai vetar qualquer reajuste que aumente o salário mínimo para mais de R$ 540.

"Neste momento, é temerário nós aumentarmos [o mínimo] para mais de R$ 540. Se vier alguma coisa diferente, nós vamos simplesmente vetar", disse o ministro, citando a necessidade de conter os gastos públicos para, entre outras coisas, facilitar uma queda maior nos juros e evitar uma maior valorização do real.

Hoje, no entanto, o ministro Garibaldi Alves Filho (Previdência) se mostrou favorável a um reajuste no salário mínimo superior aos R$ 540 defendidos pelo governo federal.

O peemedebista disse que o PMDB e o governo precisam "sentar numa mesa" para definir um valor que não coloque em risco as contas públicas --ao admitir que um reajuste mais alto pode sobrecarregar a "situação financeira" do país.

"O melhor seria sentar numa mesa Executivo de um lado e Legislativo do outro e tentarmos encontrar uma solução que, admito, diante da palavra do ministro [da Fazenda] Guido Mantega, que não pode ir muito adiante, infelizmente, dos R$ 540. O partido, como qualquer outro partido, vai lutar em qualquer situação pela melhoria do salário mínimo, cada um no seu papel", afirmou.

Garibaldi disse que vai atuar como "moderador" para que o governo e o PMDB fechem um acordo em torno do valor. "Nós desejamos e isso [reajuste maior] é óbvio o melhor para o trabalhador, mas nós não queremos ver realmente o país numa situação de dificuldade a partir do que o salário mínimo representa como indexador. Indexador de salário, indexador de aposentadorias e pensões, uma série de números que dependem do salário mínimo."

 

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