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07/01/2011 - 13h05

Jobim defende anistia e diz apoiar Comissão da Verdade

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MÁRCIO FALCÃO
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

Em meio à polêmica sobre a criação da Comissão da Verdade, o ministro Nelson Jobim defendeu nesta sexta-feira a anistia dos crimes cometidos durante o período da ditadura --seja por militares ou militantes de esquerda.

Em entrevista ao programa "Bom dia Ministro", veiculado pela estatal EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Jobim disse que apoia a criação da comissão para apurar a "verdade" do que ocorreu na ditadura.

O ministro, porém, criticou a abertura de processos criminais para investigar ações cometidas na época --inclusive no que diz respeito ao desaparecimento de guerrilheiros do Araguaia.

"O conhecimento da verdade tem todo apoio do ministro da Defesa e de toda estrutura do Ministério da Defesa. O que não temos e não podemos ter tendo em vista a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à Lei da Anistia é a pretensão da retaliação deste passado", afirmou.

Segundo Jobim, os processos criminais que possam atingir os eventuais envolvidos na ditadura estão encobertos pela Lei da Anistia.

Em relação à criação da Comissão da Verdade para analisar fatos ocorridos na ditadura militar, Jobim disse que o texto em tramitação no Congresso tem o apoio do Ministério da Defesa.

"O projeto foi elaborado inclusive por mim. Houve divergência em relação a algumas limitações que o ex-secretário [de Direitos Humanos] Paulo Vannuchi pretendeu introduzir, acabou o presidente Lula arbitrando no sentido de manter o texto sugerido pelo Ministério da Defesa. Estou absolutamente de acordo."

 

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