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30/03/2011 - 07h45

Corpo de Alencar deixa SP; velório ocorrerá em Brasília e BH

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DE SÃO PAULO

O corpo do ex-vice-presidente José Alencar deixou São Paulo num avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que o aguardava no aeroporto de Congonhas, por volta das 7h45. O político morreu às 14h41 desta terça-feira, aos 79 anos, vítima de câncer.

A aeronave levará o corpo até a Base Aérea de Brasília, onde será recebido com honras de chefe de Estado pelos presidentes da República, Michel Temer (interino), do Senado, José Sarney (PMDB-AP), da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do STF (Supremo Tribunal Federal), Cesar Peluso.

O corpo seguirá então em cortejo pela cidade em um carro do Corpo de Bombeiros até o Palácio do Planalto, onde será velado no Salão Nobre.

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A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem chegar a Brasília por volta das 17h de hoje de Portugal --eles encurtaram a visita de dois dias ao país.

O Palácio do Planalto começou ontem à noite a preparação para o velório do ex-vice-presidente. O Salão Nobre do Palácio já está com a demarcação onde ficará o caixão. Cadeiras para autoridades também foram colocadas no local.

Sérgio Lima/Folhapress
José Alencar morre aos 79 anos em São Paulo
José Alencar morreu aos 79 anos em São Paulo

O corpo do ex-vice-presidente também será velado em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, o velório será na quinta-feira, das 8h30 às 13h, no Palácio da Liberdade. O governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), decretou sete dias de luto oficial no Estado pela morte de Alencar.

DE EMPRESÁRIO A POLÍTICO

O ex-vice entrou na política graças a sua atuação empresarial bem sucedida. O sucesso frente à Coteminas, uma das maiores indústrias de tecido do Brasil, o levou para instituições que o colocaram em contato direto com a sociedade civil.

Luiz Ribeiro - 23.nov.1989/Folhapress
José Alencar, então presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais)
José Alencar, então presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais); veja fotos

A visibilidade em Minas impeliu Alencar a entrar para a política, e em 1993 ele se filiou ao PMDB. No ano seguinte, ele se lançou candidato ao Governo de Minas, quando ficou em terceiro lugar. Em 1998, ele tentou uma vaga no Senado Federal por seu Estado: acabou eleito com quase 3 milhões de votos.

No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infraestrutura, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.

Roberto Stuckert Filho/Presidência/Divulgação
Em Portugal, Dilma e Lula choraram e lamentaram a morte de José Alencar
Em Portugal, Dilma e Lula choraram e lamentaram a morte de José Alencar

O passo mais importante na política, no entanto, aconteceu na eleição presidencial de 2002, quando, já pelo PL, ele foi o vice na chapa vencedora encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.

No início, Alencar foi um vice polêmico. Ele se notabilizou como um dos principais críticos da política econômica do governo. Suas farpas miravam principalmente a política de juros altos do governo, que tentava, com isso, conter a inflação.

As críticas renderam reclamações da equipe econômica e conversas reservadas com o presidente. Mas foi a pedido de Lula que a partir de 2004 ele passou a acumular os cargos de vice-presidente e de ministro da Defesa. Ele comandou o ministério até março de 2006.

Foi também naquele ano que a dupla Lula-Alencar disputou e venceu a reeleição presidencial, o que permitiu sua permanência no poder até o final do mandato.

Alencar, casado com Mariza Campos Gomes da Silva, deixa três filhos (Maria da Graça, Patrícia e Josué) e cinco netos: Ricardo, Geovana, Barbará, Josué e Davi.

 

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