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06/04/2011 - 17h18

Conselheiro pede vista e CNMP para análise do mensalão do DEM

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FILIPE COUTINHO
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA

O primeiro julgamento do mensalão do DEM foi interrompido depois de seis horas por um pedido de vista.

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) analisa a conduta de dois promotores acusados de receber propina e favorecer o ex-governador José Roberto Arruda, acusado de ser o chefe do esquema.

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Sérgio Lima/Folhapress
Pedido de vista interrompeu julgamento da promotora Deborah Guerner e do ex-procurador-geral do DF Leonardo Bandarra
Pedido de vista interrompeu julgamento da promotora Deborah Guerner e do ex-procurador-geral do DF Leonardo Bandarra

O relator do processo, conselheiro Luis Moreira, votou pela suspensão dos promotores Leonardo Bandarra, chefe do Ministério Público quando o mensalão do DEM operou, e Déborah Guerner. Eles já estão afastados.

O relatório pede ainda que a Procuradoria Geral da República entre na Justiça com o pedido de demissão contra eles.

Para o relator, eles devem ser condenados administrativamente pelo CNMP por "violação do sigilo profissional com a solicitação e obtenção de recompensa" e a "exigência de pecúnia".

Durante o julgamento, Déborah Guerner --que alega insanidade mental-- protagonizou cenas de gritaria no conselho. "Onde estão os políticos? Cadê a denúncia do mensalão do DEM", gritou. Era possível ouvir a promotora de dentro do plenário, enquanto ela estava no banheiro discutindo com o marido

A defesa de Bandarra e Déborah negam participação no esquema.

"Como Bandarra pode ter extorquido Arruda se o prórpio Arruda afirma que isso não aconteceu?", disse o advogado Cezar Bittencourt.

No mesmo sentido, o advogado de Déborah sustentou que o delator do esquema, Durval Barbosa, não tem provas.

"No próprio depoimento ele admite que não tem como provar. Não se pode analisar um depoimento apenas por um trecho. O que se tem são ilações", disse Pedro Paulo de Medeiros

Após a argumentação dos advogados, o conselheiro Achiles Siquara pediu vistas para analisar os depoimentos.

Os conselheiros Bruno Dantas e Almino Afonso decidiram antecipar o voto e acompanhar o relator. O julgamento deve ser retomado em maio.

 

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