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15/04/2011 - 13h23

'Estamos no meio de um ciclo de aperto monetário', diz Tombini

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ÁLVARO FAGUNDES
ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta sexta-feira em Washington que o Banco Central "tem mais trabalho a fazer pela frente", depois de ressaltar que o Brasil é um dos líderes globais no aperto monetário.

A taxa Selic subiu três pontos percentuais desde abril do ano passado, para os atuais 11,75% ao ano.

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"Estamos no meio de um ciclo de aperto monetário", afirmou o presidente do BC em evento no Brookings Institution sobre a economia da América Latina.

Segundo o dirigente, o BC está acompanhando com atenção os riscos inflacionários da entrada de capital estrangeiro no país, que, além da alta de preços, "tem o potencial de colocar em risco a estabilidade financeira".

Para ele, essa entrada tem feito o crescimento do crédito atingir um patamar acima do adequado para a economia brasileira.

O governo tem anunciado uma série de medidas anti-inflacionárias nas últimas semanas, como aumentar o IOF para o crédito à pessoa física, encarecendo o crédito para inibir o consumo.

O presidente do BC disse também que espera que a inflação fique dentro do centro da meta (4,5% anuais) em 2012. O acumulado de 12 meses do IPCA (índice oficial de inflação) ficou em 6,3% no mês passado, quase no limite da meta, que tem uma variação de dois pontos percentuais em relação ao seu centro.

O mercado projeta que a inflação neste ano fique em 6,26%, segundo o mais recente boletim Focus.

Tombini afirmou ainda que o Brasil está se preparando para a saída da crise dos países ricos. Ou seja, para o eventual aumento de juros pelas economias desenvolvidas, o que pode provocar uma brusca saída de capital estrangeiro do Brasil, já que as taxas no país podem não ser mais tão atraentes.

 

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