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25/05/2011 - 20h06

Para entidade gay, Estado laico está ameaçado

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DE SÃO PAULO

A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) divulgou nota no início da noite desta quarta-feira considerando a suspensão do kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia pela presidente Dilma Rousseff um "episódio infeliz" que configura "um retrocesso no combate a um problema --a discriminação e a violência homofóbica-- que macula a imagem do Brasil internacionalmente no que tange ao respeito aos direitos humanos".

De acordo com o texto, as 237 entidades de todo o país afiliadas à associação receberam a notícia "com perplexidade, consternação e indignação".

A nota lembra que o Brasil é oficialmente um Estado laico desde 1890 e que esse "princípio básico do Estado republicano está sendo ameaçado pela chantagem praticada hoje contra o governo federal pela bancada religiosa fundamentalista e seus apoiadores no Congresso Nacional".

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"Os mesmos que queimaram os homossexuais, mulheres e crentes de outras religiões na fogueira da Inquisição na Idade Média estão nos ceifando no Brasil da atualidade", afirma a ABGLT, que relembra ainda que um assassinato a cada dois dias no Brasil é motivado pela homofobia, segundo dados do Grupo Gay da Bahia.

Para a associação, uma das maneiras de reduzir a violência homofóbica é por meio da educação. "Com a suspensão do kit, os jovens alunos e alunas das escolas públicas do Ensino Médio ficarão privados de acesso a informação privilegiada para a formação do caráter e da consciência de cidadania de uma nova geração", lamenta a nota.

Apesar disso, a ABGLT afirma entender que o programa não foi finalizado, e recomenda à presidente Dilma que reconsidere sua decisão, além de pedir que ela e a Secretaria-Geral da Presidência receba representantes do movimento para discutir o tema.

 

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