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10/06/2011 - 23h27

Dilma não é responsável pela crise, diz FHC

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DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Às vésperas de completar 80 anos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso 'quer estar de bem com a vida'.

Descontraído, ele deu entrevista antes de recepcionar cerca de 500 convidados em um jantar de comemoração pelo seu aniversário, na Sala São Paulo, no coração da capital paulista.

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'Eu quero continuar com vigor, trabalhando pelo Brasil, e também por mim, para me sentir bem. Quero estar de bem com a vida', disse o tucano, que ganhou um jantar

Líderes de seu partido, o PSDB, compareceram em peso ao evento. O ex-governador José Serra e o senador Aécio Neves, por exemplo, foram prestigiar o correligionário. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab também. O governador Geraldo Alckmin não foi, mas enviou uma mensagem a FHC. 'Ele não veio porque viajou para o México', explicou o ex-presidente.

CRISE

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou ao jantar com uma carta da presidente Dilma Rousseff nas mãos.

A cordialidade da presidente foi retribuída. O tucano evitou críticas ao governo. Questionado sobre a saída do ex-ministro Antonio Palocci da Casa Civil e a substituição de Luiz Sérgio da Secretaria de Relações Institucionais, disse que Dilma Rousseff não é responsável pela crise. "Era melhor não ter perdido [os dois ministros], mas a presidente não é responsável por isso. Acontece", disse FHC.

Ele afirmou ainda que "é cedo" para julgar o governo. "Como fui presidente eu sei disso: a gente tem que esperar que as coisas aconteçam. Eu ficava muito irritado quando julgavam as minhas intenções", completou.

CRÍTICAS

Outros líderes do PSDB não foram tão condescendentes. o senador Aécio Neves (MG) disse que a a crise é "pedagógica". "Espero que o governo compreenda que é muito importante buscar interlocução e, até mesmo, concessões", afirmou.

O senador desejou sorte às novas ministras, Gleisi Hoffmann, que assumiu a Casa Civil, e Ideli Salvatti, que será a responsável pela articulação política. Ele, no entanto, criticou o Ministério da Pesca, pasta que era ocupada por Salvatti e que, agora, abrigará Luiz Sérgio.

"Eu acho que forma como esse Ministério da Pesca diminui a importância dos ministérios. Sei lá se deveria ser ministério, né? Talvez um gesto muito mais firme seria terminar com ele e tomar medidas efetivas para os pescadores brasileiros. Tenho certeza que eles [os pescadores] estão muito mais preocupados com isso do que com a burocracia de cargos em Brasília", disse Aécio.

 

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