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Central condena criminalização de movimentos após prisão de Rainha
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DE SÃO PAULO
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Força Sindical condena a criminalização dos movimentos sociais com a prisão do líder sem-terra José Rainha Jr. na manhã de ontem.
"A Força Sindical tem a convicção de que denúncias precisam ser apuradas rigorosamente e os culpados têm de receber punição exemplar. Porém, não concorda com a posição de setores atrasados e conservadores que, usando de forma oportunista a prisão do dirigente, passaram a criminalizar e a pedir a punição dos movimentos sociais em geral, especialmente dos trabalhadores do campo que lutam pela reforma agrária."
A central classifica o fato como "a nova e a velha direita em orquestração contra a democracia, contra as aspirações legítimas dos movimentos sociais e contra as justas e oportunas reivindicações dos trabalhadores do campo e da cidade".
A Operação Desfalque da Polícia Federal prendeu também outras oito pessoas, incluindo uma servidora do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o irmão e advogado de Rainha, Roberto Rainha.
Foram expedidos dez mandados de prisão. Segundo a PF, 50 policiais participaram da operação, que cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e sete de condução coercitiva --quando a pessoa é encaminhada para depoimento. Um servidor do Incra não chegou a ser preso, mas foi coagido a depor.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Andradina, Araçatuba, Euclides da Cunha Paulista, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Sandovalina, São Paulo e Teodoro Sampaio.
A investigação começou há cerca de 10 meses para apurar crimes de apropriação indébita e extorsão contra os assentados, além dos delitos de estelionato, peculato e formação de quadrilha.
De acordo com a PF, as denúncias apontam que o grupo utilizou associações civis, cooperativas e institutos para se apropriar ilegalmente de recursos públicos destinados a manutenção de assentados em áreas desapropriadas para reforma agrária.
A Folha não localizou os advogados de Rainha. A advogada de Roberto Rainha, Jeane Ambrósio, disse que irá definir a estratégia de defesa depois de ter acesso à investigação.
EXPULSO
Alan Marques - 19.jan.2002/Folhapress | ||
Líder sem-terra José Rainha Jr. é preso acusado de desvio de verbas |
Rainha tem passagens pela prisão por furto, formação de quadrilha, coautoria em dois homicídios e porte ilegal de arma, entre outros crimes. Ele foi expulso do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em 2004, mas continuou participando de ocupações utilizando a bandeira do movimento.
Em 2005, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre o líder.
"E quero dizer para o Zé Rainha que, muitas vezes, Zé, as pessoas têm... Eu já vi gente com medo de ficar perto do Zé Rainha, porque o Zé Rainha é perseguido, de vez em quando é preso. E eu quero dizer aqui, como presidente da República, Zé, o seguinte: você não é um companheiro de primeira hora, você é um companheiro que eu conheço há muitos anos, há muitos e muitos anos. E eu sei que quando eu deixar de ser presidente da República, muitos que hoje são meus companheiros, não serão mais, mas você, certamente, continuará sendo meu companheiro."
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