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21/06/2011 - 12h31

PSDB quer ouvir Mercadante sobre escândalo dos aloprados

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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

O PSDB vai apresentar diversos requerimentos na Câmara para ouvir o atual ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, sobre sua suposta participação no episódio que ficou conhecido como o escândalo dos aloprados.

Requerimento neste sentido já foi apresentado nesta terça-feira por Vanderlei Macris (PSDB-SP) na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. O mesmo deve acontecer nas Comissões de Ciência e Tecnologia e Segurança Pública.

A direção nacional do PSDB também decidiu pedir à PGR (Procuradoria Geral da República) que analise a possibilidade de reabrir investigação criminal.

Em 2006, integrantes do grupo de inteligência da campanha à reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva montaram um esquema para comprar um dossiê sobre fraudes na compra de ambulâncias que poderia trazer embaraços à campanha de José Serra (PSDB-SP), então candidato ao governo de São Paulo em disputa com Mercadante, que acabou derrotado.

O plano deu errado porque a Polícia Federal prendeu envolvidos e apreendeu dinheiro que estava guardado em quarto num hotel perto do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Neste final de semana, a revista "Veja" revelou que um dos implicados no escândalo, o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso, disse a um grupo de conhecidos, em local e data não revelados, que Mercadante deu a "autorização" para a compra do dossiê.

Veloso teria dito ainda que o ex-governador paulista Orestes Quércia, falecido no ano passado, ajudou com recursos para a compra do dossiê. A conversa foi gravada, segundo a revista. Os tucanos também querem ouvir Veloso.

Procurado hoje, Expedito Veloso, atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Governo do Distrito Federal, se recusou a falar com a Folha. Por meio da assessoria de imprensa, disse que o PT é que poderia se manifestar.

Na manhã de ontem, a liderança do PT no Senado divulgou nota em que procura desqualificar a reportagem. "Esse episódio foi amplamente investigado pelo Congresso Nacional por meio da CPMI das Sanguessugas. Os documentos e os exaustivos depoimentos colhidos pela CPMI não fazem qualquer menção ao nome do Ministro Mercadante."

Também em nota divulgada na manhã de ontem, Mercadante fez referência à decisão do STF e negou irregularidades.

"A revista também não mencionou que, por unanimidade, a instância máxima da Justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal, inocentou-me completamente do episódio. Não poderia deixar de reafirmar à sociedade brasileira o meu apego ao Estado de Direito, às regras da democracia e o respeito aos direitos e garantias individuais."

 

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